Os parentes também seguem intrigados sobre o que teria levado o jovem ao Paraguai, questão ainda considerada misteriosa pela família. Lucas estava sem emprego há pelo menos dois meses. "Era uma pessoa feliz, tinha tudo na vida, não tinha porque ir atrás de nada. Amava o filho mais do que tudo. Não deixava um dia de ligar para o filho dele. Era muito querido", ressaltou Andressa.
O jovem e o amigo Dionatan Dias, 28 anos, deixaram Bento Gonçalves de carro no dia 25 de julho para ir a Santa Catarina. Eles foram visitar o ex-padrasto de um dos jovens em Palmitos (SC).No dia seguinte, segundo a polícia, cruzaram a Ponte da Amizade que liga Foz do Iguaçu a Cuidad del Este, no Paraguai.Após serem declarados desaparecidos no mês passado, os corpos de ambos foram encontrados ainda no dia 27 de julho em Itakyry, a cerca de 100 km da fronteira com o Brasil, mas só foram reconhecido nesta semana por familiares através de fotos.
Imagens mostram viagem
Nesta terça, a polícia divulgou imagens de câmeras de segurança que mostram o carro usado pelos dois para entrar e sair do Paraguai em 26 de julho, um dia antes de eles serem mortos no país vizinho. A polícia brasileira acredita que eles tenham utilizado um caminho alternativo para voltar ao país vizinho na madrugada do dia dos assassinatos.De acordo com a delegacia que conduz o caso em Bento Gonçalves, a possibilidade de um latrocínio (assalto seguido de assassinato) não pode ser descartada, já que veículo usado por eles, um Fiat Idea, desapareceu.
"Não podemos descartar nenhuma linha de investigação", reforçou o chefe de investigação da delegacia, Douglas dos Santos. "A prioridade agora dos paraguaios é definir a liberação dos corpos. Os familiares terão que viajar até Foz do Iguaçu. De lá, serão acompanhados pela Polícia Federal e a polícia paraguaia", completou.O inquérito sobre as mortes, porém, será conduzido pelas autoridades paraguaias.
G1