De acordo com Denivaldo Barni, a data de início e o local de trabalho de Suzane ainda não foram definidos, pois ainda dependem de definições da Justiça – após solicitação o emprego precisa ser autorizado e ela ainda precisa ser transferida para uma unidade prisional que tenha pavilhões do regime semiaberto.O advogado, que tem escritórios de advocacia na capital paulista e em Taubaté, afirmou que quer contratar Suzane para trabalhar como auxiliar de escritório, ajudando no controle de documentação. O vencimento para ela seria de um salário mínimo.
"Ela está feliz com a notícia da progressão e vai trabalhar comigo. Vai cuidar de documentação, fazer trabalho de escritório mesmo. Ela já ficou um tempo fora (da prisão), 11 meses entre 2005 e 2006, e já trabalhava, me ajudava com esse tipo de serviço", afirmou. Suzane ficou fora da prisão no período citado por Barni por uma decisão do Supremo Tribunal Federal para que ela aguardasse o júri popular em liberdade.
Além de poder trabalhar durante o dia e só voltar para dormir no presídio, os detentos em regime semiaberto têm direito a cinco saídas temporárias no ano – Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dias das Crianças e Natal e Ano Novo. Mesmo no regime, todas os benefícios devem ser autorizados pela Justiça próximo à data. Em caso de mau comportamento, o benefício pode ser suspenso.
Na manhã desta quinta-feira (14), a Secretaria da Administração Penitenciária informou que ainda não havia recebido nenhuma comunicação da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Taubaté informando sobre a concessão do benefício do regime semiaberto para Suzane.A SAP informou que, sobre a possibilidade de emprego para um detento no regime semiaberto, "é preciso esclarecer que o reeducando do regime semiaberto só sai da unidade prisional com autorização do juiz. Essa autorização só é concedida com um motivo concreto: trabalho ou estudo".
Progressão
A decisão que passa Suzane do regime fechado para o semiaberto é da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara das Execuções Criminais de Taubaté, que atendeu o pedido para progressão de regime feito pela defesa dela. A decisão é de segunda-feira (11). A juíza considerou o bom comportamento e o tempo em que a detenta permaneceu presa em regime fechado para conceder o benefício. O Ministério Público informou que vai recorrer da decisão.
Suzane von Richthofen, de 30 anos, cumpre pena na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé, no interior de São Paulo. O presídio abriga outras detentas que participaram de casos com grande repercussão na mídia como Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá.Na época do crime, em 2002, Daniel Cravinhos era namorado de Suzane, com quem planejou o assassinato dos pais dela. O crime aconteceu na casa da família de Suzane, na zona sul de São Paulo. Manfred e Marísia Richthofen eram contra o namoro da filha Suzane com Daniel Cravinhos.
G1