Nacional

Cidades do interior de São Paulo fazem racionamento de água

Em Santa Fé do Sul, o racionamento iniciado no início do mês, vale para a toda a cidade e os moradores flagrados desperdiçando água estão sendo multados. A cidade também está impedindo a abertura de novos loteamentos residenciais sem poços profundos.

Em outras cidades, como Guararapes, o corte é feito durante à madrugada quando as bombas de poços são desligadas, mas a Prefeitura nega que esteja adotando o racionamento.

Em Birigui, o prefeito Pedro Bernabé (PDT), além de determinar que os servidores municipais façam uma economia de 20% no consumo de água, pretende ampliar a economia para a população. Para isso, enviou projeto de lei à Câmara para multar o morador que for pego desperdiçando água.

Pelo projeto, se o morador for pego desperdiçando água será advertido e numa segunda constatação será multado no mesmo valor da última conta de água. Entre as atitudes anotadas como desperdício de água no projeto estão: lavar calçadas, lavar carros, molhar ruas e manter torneiras abertas e canos com vazamentos.

O prefeito Bernabé disse que quer aproveitar a falta d’água vivida no Estado para disciplinar seus funcionários e alertar a população para a necessidade de se economizar água. Segundo ele, os funcionários deverão economizar 20% da água consumida na administração e para isso diversas medidas estão sendo tomadas, uma delas é evitar a lavagem dos carros da frota municipal sem necessidade.

“Estamos começando a dar exemplo dentro de casa”, afirmou o prefeito. No mês de julho as bombas de dos dois poços que abastecem a cidade queimaram devido à alta demanda de consumo, deixando mais de 20 mil moradores sem água em 27 bairros. Além disso, a represa do ribeirão Baixotes, que abastece a cidade, também dá mostras de redução do seu nível. “Para evitar um desabastecimento futuro é que estamos tomando essas medidas”, afirmou.

Em Santa Fé do Sul, o racionamento dura entre as 13 e 17 horas, todos os dias. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fiscaliza as residências que fazem uso inadequado da água.

“Cerca de 35 moradores já foram multados”, afirmou o superintendente do Saae, Adércio Rodrigues. “Mas isso é uma pequena parte porque 90% da população está colaborando com a gente”, disse. Segundo ele, o racionamento, que já dura duas semanas, está causando uma economia de 10%.

“A nossa cidade vive uma das piores estiagens de sua história. A média anual é de 1.600 milímetros de chuva, mas no ano passado tivemos só 900 milímetros e este ano só 440 milímetros”, comentou Rodrigues.

Segundo ele, a cidade consome cerca de 9 milhões de litros/dia, sendo que 2 milhões são produzidos por dois poços artesianos e o restante por duas represas de captação do ribeirão da Cabeceira Comprida.

“Uma das represas está apenas com 15% da capacidade e a outra com menos de 40%”, afirmou. Na tentativa de amenizar futuros problemas, o município proibiu que novos loteamentos residenciais sejam entregues sem poços profundos para abastecimento de água.

Terra

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus