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Família de vítima de motociclista irá à delegacia e espera ter pistas do crime

 
A mulher espera que a polícia consiga identificar os responsáveis. Quero justiça e que ele seja preso. Pelo menos isso vai amenizar essa dor, esse medo que a gente tem de sair. Não só pela minha irmã, mas por todas as outras famílias que estão passando a mesma dor, ressaltou.Rosirene foi assassinada no dia 19 de julho, no Setor dos Funcionários. Ela e a irmã seguiam em um VW Gol, quando foram abordadas pelo homem armado que se aproximou e deu voz de assalto. Segundo a Polícia Militar, o suspeito exigiu que as vítimas entregassem as chaves do carro. Enquanto ela procurava, o criminoso efetuou vários disparos que atingiram as duas e fugiu, sem roubar nenhum pertence delas.
 
A irmã sofreu um ferimento no braço, causado pelo mesmo tiro que matou Rosirene, mas sobreviveu. Ela afirma que se recorda das características físicas do suspeito, que se assemelham ao relato de outras testemunhas e sobreviventes dos crimes que têm assustado Goiânia nos últimos meses.Era um homem alto, magro e branco, diz.
 
Investigação
Os 17 crimes, sendo 15 homicídios contra mulheres, o assassinato de um homem e uma tentativa de homicídio, desafiam os delegados e agentes que integram a força-tarefa da Polícia Civil. Mesmo com a detenção de um suspeito, ainda não há certeza do esclarecimento dos fatos.Por enquanto, nós o tratamos [suspeito] como investigado. Ele, inicialmente, nega a sua participação em qualquer dos dois fatos. Até a conclusão da investigação, nós vamos poder dizer se realmente ele é o autor ou se vamos descaracterizá-lo como investigado, ressaltou o superintendente de Polícia Judiciária de Goiás, delegado Deusny Aparecido.
 
Outro homem foi preso pela PM e pode ter participação nos homicídios, mas a Polícia Civil diz que ainda não é possível afirmar se ele tem alguma ligação com os crimes.
 
Série de assassinatos
O primeiro crime da série de assassinatos ocorreu em 18 de janeiro, quando Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi executada por homens em uma motocicleta, no Setor Lorena Park, na capital. Na época, a polícia informou que eles roubaram o celular da vítima e fugiram.A vítima mais recente foi a estudante Ana Lídia Gomes, 14. A adolescente foi morta a tiros em um ponto de ônibus do Setor Conjunto Morada Nova no dia 2 deste mês. Por causa das semelhanças dos crimes, o assassinato aumentou a desconfiança da população de que um assassino em série está agindo em Goiânia.
 
Segundo informações da Polícia Civil, os crimes tiveram dinâmica semelhante. Porém, de acordo com o delegado titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Murilo Polati, as investigações apontam que as motocicletas usadas são de marcas e cilindradas diferentes, além das descrições físicas dos suspeitos não serem as mesmas.O delegado explica que algumas das investigações indicam crimes passionais e outras apontam envolvimento das vítimas com consumo e tráfico de drogas. Entretanto, ele não dá detalhes para não comprometer os inquéritos.
 
Desde maio, quando surgiu a possibilidade de que exista um "serial killer" na capital, após uma mensagem de voz compartilhada pelo aplicativo de celular Whatsapp, a Polícia Civil tratava o caso como um boato. No último dia 3 deste mês, a corporação voltou a afirmar que não crê na possibilidade de que um assassino em série esteja agindo em Goiânia, mas admitiu, pela primeira vez, que não descarta a hipótese.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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