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Publicitário que esquartejou zelador é levado para presídio em Tremembé

 
No sábado (2), Eduardo foi transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Vila Independência, na Zona Sul da capital, para o presídio onde estão os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, Alexandre Nardoni e Lindemberg Alves. Todos estes foram condenados em casos que também tiveram repercussão na imprensa. A transferência foi confirmada nesta terça-feira (5) pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
 
Os Cravinhos cumprem pena de prisão pelo assassinato dos pais da namorada de um deles em 2002 em São Paulo.  Naquela ocasião, tiveram a ajuda da filha das vítimas, Suzane von Richthofen. Ela está presa na ala feminina de Tremembé acusada de participar da morte de Manfred e Marísia von Richthofen.Nardoni foi considerado culpado pelo assassinato da filha Isabella em 2008 na capital. A mulher dele, Anna Carolina Jatobá, madrasta da criança, também foi condenada pelo crime e faz companhia a Suzane.Lindemberg está preso pela morte da ex-namorada, a adolescente Eloá Pimentel, em 2008 em Santo André, no ABC.
 
Além destes três casos, Tremembé abriga outros presos considerados especiais. A maior parte dos detentos cumpre pena em regime fechado e tem ensino médio ou nível superior. Eles, geralmente, vão para essa penitenciária por questões de segurança.Entre os motivos, eles costumam ser rejeitados pelos demais companheiros de celas nos presídios comuns por terem cometidos crimes considerados graves até pelos próprios presos. Alguns dos transferidos chegaram a sofrer ameaças de morte.
 
A equipe de reportagem não conseguiu localizar o advogado do publicitário, Marcello Primo, para comentar a transferência de seu cliente de São Paulo a Tremembé. Recentemente, o defensor comentou que uma mudança seria para garantir a segurança de Eduardo. Ele não detalhou se o acusado estaria sofrendo alguma ameaça no CDP.
 
17 partes
Nesta semana, o G1 revelou que laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que quem matou o zelador usou um serrote para esquartejá-lo em 17 partes. Jezi foi morto no dia 30 de maio no edifício onde trabalhava, na Zona Norte de São Paulo, e teve o corpo encontrado aos pedaços em 2 de junho.Acusado de cometer o assassinato, o publicitário confessou ter tentado se livrar do cadáver queimando os pedaços na churrasqueira de uma casa em Praia Grande, litoral paulista.
 
Eduardo e sua mulher, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, 42, moradores do condomínio, estão presos pela morte e o esquartejamento do idoso. Para a Polícia Civil e o Ministério Público (MP), o publicitário foi o executor e a mulher o ajudou. O casal também é investigado por outro crime: o assassinato do ex-marido dela no Rio de Janeiro em 2005.
 
O exame necroscópico aguarda os resultados de outros laudos complementares para tentar determinar a causa da morte de Jezi. De acordo com o documento, ainda não é possível saber o que matou o zelador, porque as análises no cadáver foram prejudicadas pelo número de pedaços e o estado de decomposição dele. Novos testes foram solicitados à Superintendência da Polícia Técnico-Científica. Eles ainda não ficaram prontos.
 
G1

Redação

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