O projeto nasceu há dois meses e é uma parceria entre a associação e a academia. Apesar do pouco tempo, Alex Paraná já destaca a grande evolução que está tendo com os alunos – sete mulheres e um homem.
“O Muay Thai é uma arte marcial que depende muito de ouvir, e nessa questão eles são ótimos. Os resultados estão sendo tão satisfatórios que nas seis primeiras semanas os alunos já começaram a realizar movimentos que uma pessoa sem deficiência leva mais de dois meses para fazer”, destaca o idealizador do projeto.
A modalidade, conhecida também como Boxe Tailandês, traz também, além de técnicas de ataque e defesa, uma filosofia de vida que prioriza a amizade, o respeito, a disciplina e a superação de limites.
E é baseado nessas virtudes que o instrutor busca trabalhar e demostrar para os alunos que qualquer ação pode ser feita, desde que se tenha equilíbrio. “O Muay Thai elevou muito a autoestima deles e com isso também veio a segurança para enfrentar barreiras”, diz.
Durante as duas aulas realizadas por semana, os oito alunos devem treinar de olhos fechados para impedir que alguém com alguma porcentagem de visão obtenha vantagem. Além disso, os instrutores também trabalham com os olhos vendados para poder analisar quais são os obstáculos e assim colaborar na metodologia que é inédita.
Para incentivar a prática da luta, o professor Alex Paraná pretende levar os alunos até a Tailândia, onde eles terão a oportunidade de conhecer o lutador Suted, deficiente visual que compete contra boxeadores que enxergam 100% e já conseguiu ganhar 16 lutas e empatar duas.
Além disso, outro projeto será montar um campeonato inédito, no qual se irá analisar os movimentos do Muay Thai, que envolve o joelho, o cotovelo, a canela e o punho, e assim tornar possível uma competição que não tenha exclusão.