A autora diz ao G1 que, mesmo antes de o livro chegar às lojas, recebeu de uma grande instituição que realiza produções de teatro uma proposta de adaptar o texto. "Eles me perguntaram se tenho interesse e estamos conversando", conta. O relato também foi alvo de interesse de em diretor de cinema, para quem vai enviar o manuscrito da obra. Como ainda não há nada fechado, ela não quis divulgar o nome dos interessados em possíveis adaptações.
"São planos que estão em andamento. No cinema, e mesmo no teatro, essa coisa do corpo e da sexualidade instiga muito", afirma. "Lógico que não daria para mostrar a obra inteira", diz, em referência às passagens mais eróticas.Lola é pseudônimo de Gabriela Natalia Silva, de 22 anos.Ela se formou em 2013 na Universidade Federal de São Carlos (SP). Após se graduar, começou a escrever na web sobre a experiência de prostituição, primeiro em blog e agora no livro. Ela diz que não escolheu a profissão por necessidade financeira. "Faço porque gosto", ela disse ao G1.
Comparada a Surfistinha
Em entrevista ao G1, ela rejeitou comparação com Bruna Surfistinha – pseudônimo de Rachel Pacheco -, que narrou a experiência de prostituição em blog e livro, e teve a história adaptada no filme com Deborah Secco, de 2011. Ela teve uma vida diferente da minha, com outras oportunidades", disse Lola.
O pseudônimo dela faz referência à personagem do escritor russo Vladimir Nabokov no romance "Lolita", de 1955. Lola Benvenutti exibe no corpo tatuagens com frases dos autores brasileiros Guimarães Rosa e Manuel Bandeira.No novo livro, a jovem nascida em Pirassununga (SP) conta sobre "momentos marcantes de sua vida como garota de programa, incluindo suas experiências com a alta sociedade".
G1