De acordo com o superintendente de gestão penitenciária do estado, Gilberto Carvalho, até agora não há pistas sobre a localização dos fugitivos e a identificação deles só será possível por meio da recontagem no Raio 1 da PCE, a qual será cruzada com os nomes dos presentes e fotografias de cada um.
A fuga foi por parte de presos que se encontravam no Raio 1 da Penitenciária. Os indícios são de que eles serraram grades e pularam os muros com direção à área externa com uma corda artesanal montada com lençóis. Segundo o diretor adjunto da penitenciária, Revetril Francisco da Costa, a quantidade elevada de reeducandos dentro da mesma cela facilita eventuais fugas; eles conseguem serrar as grades durante a noite para fugir de madrugada.
Além disso, os presos contaram nesta fuga com a desativação de uma das torres de controle da unidade devido à ausência de agentes penitenciários, os quais estavam em um curso de qualificação fora da cidade, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Já segundo o sindicato dos agentes penitenciários, o que vem propiciando fugas no estado é o número baixo do efetivo. Para atuar nas unidades penitenciárias mato-grossenses, aponta o sindicato, seriam necessários pelo menos 500 novos agentes, declarou o presidente, João Batista Pereira.
Em 2012, 168 detentos fugiram do sistema penitenciário estadual. O número caiu para 77 no ano seguinte. Este ano, até agora foram 34 reeducandos que conseguiram fugir – mas sem contar os últimos, desta sexta-feira, na PCE.
Mato Grosso hoje tem uma população carcerária de 9.687 pessoas em regime fechado em 54 cadeias públicas, seis unidades prisionais, três albergues e uma colônia penal. Existem 2.574 agentes para controlar toda esta população.
Porém, a Sejudh informou que o número de agentes é considerado suficiente para a tarefa e que a desativação da torre da PCE na última sexta-feira foi uma situação que poderia ter sido evitada com o remanejamento de outros agentes penitenciários para este posto de controle. Por isso, o titular da Sejudh, Luiz Pôssas de Carvalho, informou que a secretaria vai apurar se houve omissão por parte de funcionários da unidade.
Fonte: G1