Além das prisões efetuadas em residências da Capital, outros cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em autoescolas, sendo quatro em Cuiabá e um na cidade de Cáceres.
As investigações comandadas pela delegada Alexandra Mensch Fachone iniciaram no segundo semestre de 2013. Conforme a delegada, a investigação começou com uma denúncia anônima informando que um funcionário do Detran, responsável pela emissão de CNH’s estava ostentando crescimento patrimonial incompatível com seu salário.
A denúncia foi comprovada pela Defaz que ainda identificou que funcionários e proprietários de autoescolas agiam em “conluio” com tal servidor. Outro servidor do Detran também foi identificado, ele era responsável pelas provas práticas, e recebia propina para beneficiar alguns alunos.
Interrogatório – Os presos estão sendo interrogados na sede da Delegacia Fazendária. Segundo a delegada Alexandra Mensch Fachone, dois deles foram liberados por contribuir com informações e os demais ao final das oitivas serão levados a Polinter em Cuiabá, para encaminhamentos a unidades prisionais.
Propina – Os pagamentos por carteiras de habilitação variavam de R$ 100 a até R$ 3 mil. Conforme as investigações, existiam fraudes cometidas diretamente com o servidor do Detran, onde o candidato não fazia nenhum tipo de prova ou exame. Para a compra integral da carteira, o interessado apenas entregava seus documentos e pagava R$ 3 mil ao servidor, que providenciava a emissão da CNH.
Havia também fraudes que contavam com ajuda de intermediários como instrutores de autoescolas e agentes de pátio das provas práticas do Detran, que cobravam valores menores para "ajudar" o aluno a passar nos testes, entre outras que estão sendo apuradas a partir da deflagração da operação.
Detran – A corregedoria do Detran acompanha a operação e o Departamento deve participar de uma coletiva sobre a operação “Narted", junto a Delegacia Fazendária na quinta-feira (24).
Com Assessoria