De acordo com o médico que atende a criança desde que ela foi levada por familiares àquela unidade de saúde, Iuri Viana, o procedimento foi tranquilo.Nós fizemos um enxerto de pele, na região que havia ficado comprometida pela mordida. Retiramos material da virilha da paciente. Na próxima sexta (25) iremos retirar o curativo para analisar o resultado, o grau de integração da pele, mas esperamos que essa tenha sido a última cirurgia, enfatizou o médico. Segundo ele, a intervenção durou cerca de uma hora e a menina levou aproximadamente 30 pontos.
Ainda segundo Iuri Viana, a primeira cirurgia foi realizada logo depois de ela ter chegado ao hospital no dia 4 de junho. Emily passou por uma cirurgia que durou quatro horas e levou 300 pontos. "Primeiro fizemos a reconstituição do rosto dela e a lavagem dos ferimentos, já que havia riscos de infecção em razão da mordida. A segunda foi feita para retirar partes do tecido morto, o que é normal acontecer nesses casos de grande traumatismo, em que há deslocamento do tecido e rompimento de vasos sanguíneos, explicou o médico. Após o primeiro procedimento, ela chegou a ser levada à UTI do hospital, mas já não corria risco de morte. A terceira cirurgia estava prevista para ocorrer no dia 26 de junho, mas o médico preferiu adiar em razão da pele dela não estar preparada para o procedimento.
Em entrevista ao G1, a tia da menina, Laís Santos informou que a recuperação da sobrinha desde o acidente foi muito boa.O rostinho dela está muito melhor. Ela fez a cirurgia na sexta e, no sábado (19), já recebeu alta. Os donos do cão continuam dando apoio, vieram visitá-la e estão ajudando na compra de remédios, relatou Laís. Ela disse ainda que o procedimento foi realizado por meio do Serviço Único de Saúde (SUS).
De acordo com a tia da vítima, na época do acidente, fazia um mês que a avó morava no local e o cachorro sempre ficava solto no pátio. No momento em que ela foi atacada estava segurando uma mamadeira.Minha mãe tentou lutar com ele e meu sobrinho de 11 anos também, mas o animal não soltava. Eles gritaram por socorro e dois pedreiros de uma obra perto foram ajudar. Eles encontraram um martelo e só depois de dar alguns golpes no cão ele soltou minha sobrinha, relatou a tia.O dono do animal não estava em casa no momento do ataque, mas conforme a tia, ele ficou muito abalado e prestou auxílio necessário à família.Uma semana depois do ataque o cão acabou tendo que ser sacrificado porque estava muito ferido na cabeça e não sobreviveria, contou.
G1