O presidente do Sindicato de Agentes de Trânsito da capital, Alan Ronaldo Ramos, disse que os profissionais precisam discutir uma formar de coibir essas ações dos motoristas. Um delas, seria a utilização de algumas armas não letais e letais.Mas, segundo o advogado Felipe Amorim Reis, a Constituição Federal não permite que agentes de trânsito utilizem armas, sejam elas letais ou não letais.
Temos o Estatuto do Desarmamento, que é uma lei de 2003, que permite aos municípios com guardas municipais o porte de arma de fogo para a segurança e proteção. Mas neste caso, é importante frisar para a sociedade que os agentes de trânsito não são guardas municipais. E por isso, é completamente ilegal o uso de armamentos de fogo para agentes de trânsito, disse o advogado.O secretário municipal de Trânsito, Antenor Figueiredo, também discorda do uso de armas pelos chamados marelinhos e alega que a segurança dos profissionais devem ser garantida de outra forma.
Na verdade existe segurança, mas estamos tentando falar com o Batalhão de Trânsito para que possa dar segurança com a Polícia Militar na verificação das irregularidades do trânsito. Porém, isso é só no decorrer do tempo que teremos este resultado, afirmou o secretário.Outro questionamento é se os agentes de trânsito estão preparados para andar armados. Na semana passada, uma briga foi registrada entre um 'amarelinho' e um motorista após ele ser multado por estacionar em local proibido. O motorista tomou o bloco de notificação das mãos do agente de trânsito e os dois partiram para a agressão física e foram detidos. Além de tomar o bloco das mãos do agente, o motorista também teria mordido o dedo dele.
Treinamento
Ainda conforme o presidente do sindicato, os profissionais não irão para as ruas sem treinamento.O profissional deve ir e voltar para casa com segurança, sem se preocupar se vai tomar um murro ou ser agredido. Agora, precisa fazer um estudo para saber qual artifício deve ser usado. E a partir disso começar a dar o treinamento e seguir isso a cada seis meses, pontuou o presidente.
G1