Cidades

Vendas de motos e acidentes crescem na mesma proporção

 
A se manter este ritmo de crescimento, no ano de 2035 o número de motos em Cuiabá será maior do que o de veículos. A projeção foi feita pelo Diário a partir de dados fornecidos pelo Detran nos últimos dez anos, que mostra que a quantidade de novas motos cresce num ritmo duas vezes maior que a dos carros. 
 
O dado negativo é que os acidentes de trânsito envolvendo as motos sobem na mesma proporção, com a agravante de que as colisões com este tipo de veículo em geral são mais graves. No Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC), 70% das vítimas de acidentes de trânsito atendidas são motociclistas. 
 
“É um percentual bastante expressivo e desses acidentados a gente distribui entre os casos considerados leves, que representam 40% e o restante (60%) entre moderados e graves”, informou o superintendente do PSC, José Antônio de Figueiredo. 
 
Até abril deste ano, 1.032 pacientes vítimas de acidente com motos foram atendidos na unidade hospitalar, o que dá uma média superior a 250 por mês, ou 8,3 ao dia. Destes, 839 são homens e 193 mulheres. A maioria (412) encontra-se na faixa etária dos 20 a 29 anos e entre os 30 e 39 anos (244). 
 
Porém, as estatísticas revelam o atendimento de vítimas com até 15 anos, quando a idade mínima para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é a partir dos 18. Em 2013, mais de 3,3 mil acidentados com moto passaram pelo hospital, que recebe pacientes de todos os municípios de Mato Grosso. 
 
É o caso do soldador José Carlos Rodrigues, de 44 anos, internado há mais de 45 dias no pronto socorro. Morador de Nobres (142 quilômetros ao médio norte de Cuiabá), ele permaneceu 16 dias em coma na unidade de tratamento intensivo (UTI). “Estava na BR (364) e uma carreta me fechou. Nisso, cai e bati a cabeça. Depois disso, não me lembro de mais nada”, contou. 
 
Rodrigues, que também sofreu fraturas em dois lugares na perna direita, usava capacete. No pronto socorro, ele divide o quarto com outros cinco pacientes, todos vítimas de acidente com motos. A maioria reconhece que não tem CNH. 
 
Cirurgião geral, Figueiredo explica que o tempo de permanência das vítimas no PS depende da gravidade dos ferimentos, mas, geralmente, ficam mais 30 dias. Porém, há outros riscos inerentes aos ferimentos, como no caso de uma fratura do fêmur, que pode se agravar e ocasionar embolia pulmonar podendo levar a vítima a óbito. “Muitos também têm sofrem sequelas permanentes e irreversíveis, que os tiram do setor produtivo e da convivência social”, frisou. 
 
Conforme Figueiredo, não há uma mensuração do custo desse paciente. Mas, a despesa é alta. “É um paciente oneroso, pois geralmente ficam em UTI. E se a gente imaginar que fazem radiografias, tomografias, o uso dos medicamentos, dos antibióticos, que esses pacientes foram operados e que dependem de mais de um especialista percebe-se que o tratamento é longo e caro”, destacou. 
 
Fonte: Diário de Cuiabá

Redação

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