Cidades

Secretaria de Saúde orienta procedimentos de prevenção ao vírus chikungunya

 
De acordo com o documento, as secretarias dos estados e municípios devem ficar atentos para as notificações.
 
O Chikungunya é uma doença febril aguda causada por um arbovírus (termo relacionado aos vírus transmitidos por vetores artrópodes, como por exemplos os mosquitos), o Vírus Chikungunya (CHIKV). Os vetores são mosquitos do gênero Aedes, onde os mais comuns são o aedes aegypti, notório pela transmissão do dengue, e o aedes albopictus, relacionado aos últimos focos da doença identificados na Ásia, o qual se mostra extremamente resistente às condições adversas do ambiente, sendo capaz de reproduzir-se tanto no meio rural quanto urbano.
 
Embora seja uma doença oriunda da África, atualmente a doença tem circulação em diversos países da Ásia, como por exemplo, Birmânia, Tailândia, Camboja, Vietnã, Índia, Sri Lanka e nas Filipinas. Nos últimos três anos, casos isolados da doença foram registrados no Caribe, Estados Unidos, Itália e França. No Brasil, casos da doença foram detectados pela primeira vez em agosto de 2010, sendo dois casos,cujos pacientes apresentaram os sintomas após uma viagem para a Indonésia. Casos recentes notificados em 2014 também são de pessoas que viajaram para países onde o vírus circula.
 
Dados de notificações no Brasil: 20 casos de febre Chikungunya no Brasil. Destes, 17 são de militares e missionários brasileiros vindos do Haiti, um de uma médica brasileira que também atuava no país, e 2 de haitianos que estavam no Brasil.
 
Nota Técnica:
 
"Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya no Brasil"
 
A Febre do Chikungunya é uma doença de transmissão autóctone restrita a países da África e Ásia, e até então com registros de casos importados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e no Brasil. Causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo Ae. aegypti e Ae. albopictus os principais vetores, a Febre do Chikungunya registrou no final de 2013 a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe.
 
Até a semana epidemiológica quatro de 2014, foram notificados para a Organização Mundial de Saúde (OMS) 790 casos confirmados, importados e autóctones, de Chikungunya nos seguintes territórios do Caribe: Guiana Francesa, São Martinho/França, São Martinho/Holanda, Martinica, Guadalupe, Dominica, São Bartolomeu e Ilhas Virgens Britânicas/França. Atualização periódica do número de casos nesses países pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico http://bit.ly/1fcGqbB 
 
Considerando o quadro epidemiológico atual, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) recomenda às secretarias estaduais e municipais de saúde as seguintes orientações:
 
Divulgar aos profissionais de saúde as informações relativas aos aspectos clínicos da infecção pelo vírus Chikungunya, enfatizando a importância do diagnóstico diferencial.
 
O CHIKV é um vírus RNA que pertence ao gênero Alphavírus da família Togaviridae. 
 
O nome chikungunya deriva de uma palavra em Makonde que significa aproximadamente “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de Artralgia intensa.
 
Casos humanos com febre, exantema e artrite aparentando ser CHIKV foram relatados no início de 1770. Porém, o vírus não foi isolado do soro humano ou de mosquitos até a epidemia na Tanzânia de 1952-53. Outros surtos ocorreram subsequentemente na África e na Ásia. Muitos ocorreram em pequenas comunidades ou comunidades rurais. No entanto, na Ásia, cepas de CHIKV foram isoladas durante grandes surtos urbanos em Bangkok e Tailândia em 1960 e em Calcutá e Vellore, na Índia, durante as décadas de 60 e 70.
 
Dinâmica de transmissão
 
Vetores 
 
Existem dois vetores principais do CHIKV, Ae. aegypti e Ae. albopictus. Ambos os mosquitos são amplamente distribuídos por todos os trópicos com Ae. Albopictus, sendo também presentes em latitudes mais temperadas. Dada a distribuição dos vetores pelas as Américas, toda a região é suscetível à introdução e à propagação do vírus. 
 
Reservatórios
 
Humanos servem como o principal reservatório do CHIKV durante períodos de epidemia. Durante períodos interepidêmicos, um número de vertebrados tem sido implicados como potenciais reservatórios, incluindo primatas não humanos, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos.
 
Períodos de incubação 
 
Os mosquitos adquirem o vírus de um hospedeiro virêmico. Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um hospedeiro suscetível, tal como um humano. Em humanos picados por um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de 3-7 dias (intervalo 1-12 dias)
 
Apresentação clínica da doença 
 
A partir da picada por mosquito infectado com o CHIKV, a maioria dos indivíduos apresenta doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas. Análises sorológicas indicam que 3% a 28% das pessoas com anticorpos antiCHIKV apresentam infecção assintomática. Indivíduos agudamente infectados por CHIKV, seja clinicamente aparentes ou assintomáticos, podem contribuir para a propagação da doença se os vetores que transmitem o vírus estiverem presentes e ativos na mesma localidade.
 
O CHIKV pode causar doença aguda, subaguda e crônica.
 
Na fase aguda a doença é mais comumente caracterizada por febre de início súbito (tipicamente maior que 39°C) e dor articular intensa. Outros sinais e sintomas podem incluir cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite.
 
A fase aguda do CHIKV dura de 3-10 dias. 
 
SES-MT

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.