As buscas por Whelan foram iniciadas depois que a Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de 11 acusados nesta quinta-feira (10). Apenas o advogado José Massih não teve a prisão preventiva decretada, por estar colaborando com as investigações. A prisão temporária dele vence à 0h desta sexta (11). A decisão é da juíza Joana Cardia Jardim Corte, do Juizado Especial do Torcedor. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, os 11 acusados vão responder pelos crimes de cambismo, organização criminosa, desvio de ingresso e corrupção ativa.
Equipes da 18ª Delegacia de Polícia, da Praça da Bandeira, estiveram nesta tarde no Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul, onde o executivo estava hospedado junto com a cúpula da Fifa, que cedeu direitos exclusivos sobre ingressos para a Match. Na segunda (7), ele já havia sido preso no local. Nesta quinta, no entanto, Whelan deixou o local por volta das 15h, uma hora antes de a polícia chegar, de acordo com o delegado Fábio Barucke, responsável pelo inquérito."Saiu pela porta dos funcionários, vimos pelas imagens ele saindo apressado. Ele é considerado foragido", explicou o delegado (veja ao lado imagens que mostram o momento da saída de Whelan do Copacabana Palace).
Os policiais disseram que na suíte dele encontraram malas, roupas e celulares. A TV e o ar-condicionado estavam ligados. Um indicativo, segundo os agentes, de que ele deixou o hotel às pressas, com a roupa do corpo.
Defesas vão recorrer
Em nota, o advogado de defesa de Whelan disse que está recorrendo da decisão no Tribunal de Justiça. Segundo Fernando Fernandes, o TJ acolheu o pedido de habeas corpus por entender que eram suficientes a entrega do passaporte, o pagamento de fiança e o comparecimento a todos os atos processuais, sendo desnecessária a prisão do executivo. Para o advogado, a ordem de prisão preventiva é ilegal e descumpre a liminar da Justiça. Para garantir o cumprimento da decisão de terça-feira última, a defesa, se necessário, irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Em nota, a Match voltou a afirmar que a polícia está tirando conclusões sem uma investigação apropriada e sem saber como funciona a venda de pacotes vip.O advogado do taxista Marcelo Pavão, que o acompanhou à polícia nesta quinta, também vai recorrer. "Vim com ele à delegacia para apresentá-lo espontaneamente. Não conversei com o Marcelo sobre o processo. Nossa preocupação hoje é exclusiva de devolver ao Marcelo a liberdade, porque ele já estava em liberdade", disse Rafael Cunha Kullmann.
G1