Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen) Dejamir Soares apenas 30% dos trabalhadores assumirão os setores do PSMC, das políclinicas, centros de saúde, postos de saúde da família e unidade de pronto atendimento no início da semana que vem. Porém os trabalhadores da enfermagem de todas essas unidades farão a concentração de greve na porta do pronto socorro todos os dias das 7h às 22h.
“Existem duas reinvindicações dos trabalhadores, uma referente aos contratados e outra para os estatutários (de carreira)”, contou Dejamir Soares.
Contratados – Segundo o presidente, para os contratados é reivindicada a equiparação dos vencimentos com o 1º piso dos servidores efetivos, ou seja, R$ 1.760,00 esse valor seria garantido pela Lei Municipal 094/2003, que a gestão Mauro Mendes afirma ser ilegal.
Hoje os contratados que representam 60% dos trabalhadores da saúde em Cuiabá, sejam com nível médio ou superior e nos três cargos de enfermagem – técnico, auxiliar e enfermeiro -, recebem um salário mínimo, ou seja, R$ 724,00.
Estatutários/carreira – A categoria requereu no final do ano passado a revisão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) para o reajuste no salário dos trabalhadores da enfermagem. Já há 45 dias, o sindicato aprovou o indicativo de greve, depois disso, os profissionais apresentaram duas propostas e a Prefeitura uma, mas sem acordo a greve começa na segunda.
Negociação – O salário do enfermeiro concursado/estatutário da Prefeitura de Cuiabá com a carga horária de 40h hoje é R$ 1.760,00, os trabalhadores pedem R$ 3.000,00 e a Prefeitura oferece R$ 1.812,84; para os de 30h é pago 1.434,94, eles pedem o reajuste para o valor de R$ 2.600 e a Prefeitura oferece R$ 1.477,99.
Os técnicos de enfermagem com carga de 40h recebem R$ 952,89, pedem R$ 1.800,00 e a Prefeitura oferece R$ 981,48, já os com carga horária de 30h tem os vencimentos de R$ 725,00, pedem R$ 1.500,00 e a Prefeitura oferece R$ 733,00, esse último é o mesmo quadro dos auxiliares de enfermagem.