Conforme o ofício, elaborado após visita in loco da Defensora Pública responsável pela Coordenadoria, Fernanda Cícero de Sá, os montes de pedra, rocha e aterro alcançam de dois a três metros de altura.Ressaltamos que existe risco iminente de desmoronamento, o que causará danos materiais aos moradores e, ainda mais grave, risco à integridade física da população que ali reside. Insta consignar que, inclusive, já aconteceu pequeno incidente devido à derrubada parcial do muro de uma moradora, em decorrência de rolamento de uma pedra que se soltou dos detritos.
A Defensora acrescenta ainda que os aterros foram depositados em cima de bueiros, impedindo o escoamento de água.Fato este que favorece sobremaneira os problemas com alagamento, que inclusive já foram notificados a Vossa Excelência, porém até o presente momento não obtivemos resposta, sendo que a situação permanece e em condições bem piores.
Acontece que o depósito de entulhos não é o primeiro problema enfrentado pelos moradores. Desde dezembro do ano passado a Defensoria recebe reclamações a respeito do alagamento das residências localizadas próximas a obra, que faz parte do pacotão de melhorias para a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com os moradores, a cada chuva que cai na Capital, o Córrego São Francisco, que passa por baixo da intervenção, transborda e alaga residências localizadas nos bairros Tijucal I, São Francisco e Jardim Passaredo. Isso porque, conforme o engenheiro da Defensoria, Augusto Borralho, o projeto das obras de arte correntes (bueiros) não está contribuindo para a vazão do córrego, provocando a inundação das casas.
A Secopa, por sua vez, informou que por ser um problema que já existia antes do início da obra, a competência é da Secretaria Municipal de Obras de Cuiabá. Dessa forma, a Coordenadoria notificou a pasta que ainda está dentro do prazo para encaminhar uma resposta.
Assessoria