A transexual logo utilizou as redes sociais para expor o caso e pediu que seus seguidores fizessem um boicote à loja Petticoat Fair, da cidade de Austin, nos EUA. A marca está há 50 anos no mercado e afirma em seu site que “atende todos os tipos de mulheres”.
Após receber milhares de críticas de internautas e militantes, a marca se pronunciou gerando ainda mais desconforto. Na terça-feira (29) pela noite, o dono do estabelecimento, Kirk Andrews, usou o Facebook da marca para tratar do caso e afirmou: “assim como uma academia não permite homens nos vestiários femininos (e vice versa) para o conforto e segurança de seus frequentadores, nós não permitimos homens em nossos provadores. Apesar de nossas abordagens inclusivas, aqueles que podem ou aparentam ser homens (independentemente de como estão vestidos) são um desafio e, em casos de impostores, podem representar um risco de segurança para a equipe da Petticoat Fair”.
Ainda que tenham dito também que estavam abertos a encontrar com líderes da comunidade LGBT para discutir melhores abordagens, os internautas continuaram a fazer ataques com base no tom preconceituoso da resposta.
“Mulheres transexuais não são homens. Suas regras de uso para os provadores demonstra que você não entende isso. Até que isso mude, eu farei o meu melhor para trazer má publicidade e estou certo de que não serei o único”, afirmou o internauta Billy Martin, de Nova Orleans, nos comentários do comunicado – sua opinião foi curtida 155 vezes.
Após o mal-entendido, Kylie, se posicionou também na página da marca dizendo que antes de entrar com ações legais contra a marca, daria uma segunda chance, pois sabe “que as questões transexuais ainda são mal compreendidas por muitos”.
No entanto, para isso, seria necessário que a loja cumprisse algumas exigências:
1. O estabelecimento deve se desculpar com a comunidade transexual como um todo, dizer o que aprenderam e quais ações tomariam para agir diferentemente;
2. Atualizar as regras para respeitar diferentes identidades de gênero, atualizar o site e o perfil do Facebook com base em um documento da prefeitura de Austin contra a discriminação;
3. Doar US$ 1000 para uma instituição de apoio à educação de transexuais;
4. E não demitir a vendedora em questão, já que estava seguindo a política da loja.
Época