Como a capacidade do Beira-Rio é de 49 mil pessoas para os jogos do Mundial, a preocupação com o esquema de segurança ganha força. De acordo com uma estimativa da Polícia Rodoviária Federal, 90% dos estrangeiros declaram não ter ingresso para a partida. Em um levantamento divulgado pela Prefeitura de Porto Alegre em maio, 16,8 mil argentinos tinham ingresso para o confronto. A Polícia Federal acredita que somente 20 mil portenhos tenham entradas para ver a seleção.Outro alerta é para evitar a entrada de barras bravas, torcedores com histórico de violência que foram cadastrados pela Polícia Federal. Até as 20h de terça, 17 argentinos foram impedidos de entrar no Brasil pelas fronteiras gaúchas.
Para evitar incidentes, haverá reforço policial dentro do Beira-Rio, nas áreas de circulação de torcedores e nas catracas, segundo o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Silanus Serenito de Oliveira Mello. O G1 apurou com órgãos de inteligência que análises feitas pelo governo federal apontam risco alto em relação a outros jogos da Copa da possibilidade de ocorrerem incidentes que envolvam problemas de segurança.Em duas reuniões recentes, na sexta-feira (20), no Rio de Janeiro, e na segunda-feira (23), em Porto Alegre, Fifa alertou aos órgãos federais e estaduais sobre a preocupação com o evento, tanto de invasões ao estádio quanto de confrontos e brigas entre torcedores nas ruas.
Vamos posicionar mais policiais e aumentar o contingente nas áreas de circulação dos torcedores dentro do estádio e no entorno, por cima da tela que separa o Beira-Rio da rua, para tentar barrar qualquer tentativa de invasão sem ingresso. Dentro do estádio, haverá policiais nas áreas de circulação e de bares, saídas e entradas de acesso, raio-x e catracas. Já invasão do gramado é problema da Fifa, explica o coronel.
G1