Eles percorreram o caminho até a Estação Autódromo da CPTM a pé durante quase uma hora e meia e depois levaram cerca de uma hora para chegar à Estação Pinheiros.Lá, a baldeação para a Linha 4- Amarela, do Metrô, foi movimentada, mas sem percalços. Por coincidência, um grupo de músicos brasileiros que decidiram se vestir de laranja e ir ao jogo torcer para a Holanda topou com as centenas de holandeses "legítimos". O resultado foi um animado samba dentro do trem laranja. "Achamos legal, e o técnico do Chile falou muito mal do Brasil", disse Rodrigo Abud, um dos responsáveis pelo batuque.
Por volta das 10h, o grupo fez a baldeação na Estação Luz da CPTM cantando músicas em homenagem ao Brasil e viraram atração turística para os brasileiros que iam para o trabalho.O empresário Jan, de 52, era o dono da fanfasia mais caprichada entre os holandeses . Vestido de Frau Antje, personagem que estampa uma famosa marca de queijos, ele tinha vestido, máscara e peruca. Essa é a segunda Copa em que ele se veste assim. "Mas já estou pensando em outra", disse.
Atmosfera laranja
As amigas Roxy Gouwswaard, de 22 anos, Demi van der Togt, 20, e Marleen Ruitenbeeh, 20, estudam marketing esportivo em Amsterdã e vieram para a Copa em um grupo de 20 alunos organizado pelos professores. "Queríamos sentir a atmosfera laranja", explicou ela sobre a escolha de ficar no acampamento.Apesar de longe do resto das atrações, os holandeses preferiram um espaço seguro, à beira da represa e calmo como "quartel-general" em São Paulo. Muitos passaram apenas a noite de domingo (22) lá, quando o acampamento atingiu o maior número de membros e organizou uma grande festa madrugada adentro.
A engenheira Aida Jansma esteve lá depois de uma viagem ao Rio e Paraty. Ao lado do marido Jan no trem da CPTM, ela explicou que sua empresa organizou a viagem para cerca de 100 funcionários. Ela já esteve na Copa da Alemanha nesse mesmo esquema, mas não conseguiu dias livres para ir à Copa da África do Sul em 2010. O mundial na Alemanha de 2006 é incomparável com o do Brasil, diz ela. "Lá era tudo muito organizado, aqui temos a experiência do samba e o clima."
G1