Procedimentos de blefaroplastia sobe 15% em Mato Grosso e demais estados da região Centro-Oeste, acompanhando uma tendência nacional e internacional de crescimento dessa cirurgia plástica ocular. O procedimento, que corrige excesso de pele, bolsas de gordura e pálpebras caídas, já superou cirurgias tradicionais como lipoaspiração e aumento das mamas no ranking dos mais realizados no Brasil, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).
De acordo com a entidade, o avanço da blefaroplastia é um fenômeno global e a expectativa é de que, em 2025, o Brasil mantenha ou até supere o crescimento de 8% registrado no ano anterior. O aumento reflete a busca por procedimentos que aliem resultados estéticos a benefícios funcionais, especialmente relacionados à saúde ocular e à qualidade de vida.
Levantamento da Vision One, maior rede de hospitais e clínicas oftalmológicas do país, confirma essa tendência. Entre janeiro e outubro, o número de pacientes que realizaram blefaroplastia cresceu 112% no Sudeste, 72% no Sul e 61% no Nordeste. No Centro-Oeste, o aumento foi de 15%, indicando expansão contínua do procedimento também fora dos grandes centros urbanos.
Segundo o cirurgião plástico ocular Dr. Javier Xavier, do Hospital de Olhos Santa Luzia, em Recife, a blefaroplastia promove não apenas um aspecto mais jovem e descansado, mas também melhora da visão periférica e maior conforto ocular. Ele destaca que a cirurgia deve ter indicação médica e levar em consideração o estado de saúde do paciente e seus objetivos, podendo ser realizada nas pálpebras superiores, inferiores ou em ambas.
Com o uso de tecnologias modernas, as incisões são feitas de forma precisa, em dobras naturais da pele ou na parte interna das pálpebras, tornando as cicatrizes praticamente imperceptíveis com o tempo. O procedimento é realizado com anestesia local e sedação, com alta no mesmo dia. A recuperação exige repouso, uso de compressas frias e cuidados específicos, mas os resultados incluem melhora da autoestima, do bem-estar e da performance em atividades cotidianas como ler, dirigir e utilizar telas digitais.


