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Adversária do Brasil, Croácia já passou por duas guerras e hoje integra UE

 
A reconquista da independência só foi alcançada em 1991, depois de uma declaração unilateral do governo croata. Os sérvios que viviam no território do novo país, em cidades como Knin, não aceitaram a decisão do governo da Croácia e, por sua vez, resolveram separar-se dos croatas, ganhando apoio da Iugoslávia, dominada politicamente pelos sérvios.
 
O que se seguiu foi uma sangrenta guerra que se arrastou por quatro anos e deixou milhares de mortos. Cidades históricas como Dubrovnik, patrimônio histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ao Sul da Croácia, foram parcialmente destruídas por bombardeios.
 
Além de uma guerra por sua própria independência, os croatas ainda envolveram-se em um segundo conflito. Em 1992, quando a vizinha Bósnia-Herzegovina resolveu separar-se da Iugoslávia, sérvios ortodoxos, bósnios muçulmanos e croatas católicos, que conviviam (e ainda convivem) no mesmo território, iniciaram uma confusa guerra em três frentes.
 
Desde o término dos dois conflitos, em 1995, o país tem conseguido crescer economicamente e se desenvolver. No ano passado, a Croácia tornou-se o mais novo dos 28 países-membros da União Europeia.  Foi o segundo país da antiga Iugoslávia a unir-se ao bloco, já que a Eslovênia foi integrada ao grupo em 2004. 
 
Com 4,4 milhões de habitantes, a República da Croácia é hoje um destino turístico em ascensão, por seu patrimônio histórico-natural e seu litoral, banhado pelo Mar Adriático, que tem mais de mil ilhas. Entre as principais atrações do país estão as cidades de Dubrovnik (um dos cenários do seriado Game of Thrones), Split (onde o imperador romano Diocleciano construiu um palácio e viveu) e a capital, Zagreb.
 
No futebol, o principal feito dos croatas foi conseguir um terceiro lugar na Copa do Mundo de 1998, na França, em sua estreia no campeonato mundial. O jogo de hoje será o terceiro entre croatas e brasileiros. O primeiro encontro com o Brasil foi em um amistoso em 2005, na Croácia, que terminou em 1 a 1.
 
O segundo foi no ano seguinte, na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Na ocasião, o Brasil ganhou da Croácia por 1 a 0.
 
Nascida na cidade de Sibenik, a croata Rada Skenderija, 35 anos, veio morar no Brasil há dez anos, acompanhando o marido brasileiro, que conheceu na Europa. Apesar de considerar o seu país “lindo”, ela não vai torcer para a Croácia.
 
“A Croácia é um lugar muito lindo, tem uma costa linda. As pessoas são muito boas. Mas vou torcer para o Brasil. É a minha segunda pátria. Principalmente agora, que tenho que uma razão a mais:  o meu bebê [um menino de 1 ano e meio, nascido no Brasil]”, disse Rada, que é professora de inglês.
 
Agência Brasil 

Redação

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