De 2010 a 2023, o governo central despendeu R$ 421,3 bilhões com o enfrentamento da mudança climática, dos quais R$ 250 bilhões foram destinados à proteção da biodiversidade e R$ 111,2 bilhões foram direcionados ao gerenciamento de riscos e desastres.
Os números foram divulgados nesta terça-feira, 18, pelo “Relatório Final do Projeto Classificadores do Gasto Público em Mudança Climática, Biodiversidade e Gestão de Riscos e Desastres”, desenvolvido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo a análise, a participação de despesas com adaptação e gerenciamento de riscos climáticos aumentou de 23,6% em 2010 para 67,7% em 2023. Já os gastos com mitigação caíram de 30,2% para 7,4% no mesmo período. Os gastos de impacto negativo concentram-se quase integralmente na atividade Energia (99,5%), associada às emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da combustão e vazamentos de combustíveis fósseis.
No eixo biodiversidade, a despesa acumulada de R$ 250 bilhões se concentra em ações de proteção do solo, das águas superficiais e subterrâneas, e na proteção de ecossistemas e paisagens.
No eixo gerenciamento de riscos e desastres, R$ 111,2 bilhões foram identificados, predominantemente em despesas voltadas à redução de riscos.
Governos estaduais
Diferentemente do governo central, os Estados tiveram grande concentração de despesas classificadas como mitigação (49,4%). Em biodiversidade, 53,1% das despesas estaduais foram classificadas como de propósito principal, proporção significativamente maior que a verificada na União (12,05%).



