O Banco Central da República da Argentina (BCRA) decidiu reduzir a taxa de juros pela qual absorve pesos do mercado através das rodadas simultâneas de 25% ao ano para 22% ao ano, em comunicado divulgado pela Bolsas e Mercados Argentinos (BYMA) nesta quarta-feira, segundo informações do Ámbito.
De acordo com o periódico argentino, desde o fim dos instrumentos de regulação do mercado Letras de Liquidez do BC (LEFIs), a instituição deixou para trás a taxa, mas, diante da “enorme volatilidade posterior”, recorreu ao mecanismo para estabelecer uma referência para as taxas de juros.
“Os operadores do mercado financeiro argumentaram que essa queda de três pontos porcentuais deveria ajudar a comprimir os rendimentos dos títulos denominados em pesos e contribuir para uma maior redução da taxa de recompra interbancária e das garantias do mercado de ações”, explica o jornal.
Em outra reportagem, o La Nácion afirma que os argentinos entraram nas eleições legislativas com uma forte dolarização e taxas de juros do peso muito acima da inflação. Segundo o jornal, desde que a coligação do presidente Javier Milei venceu a disputa, o governo tem procurado normalizar o mercado do peso. “No entanto, existe uma linha tênue entre taxas de juros mais baixas e evitar a supervalorização do dólar”, menciona.
Diante das notícias, o peso argentino operou fortalecido ante o dólar americano. Por volta das 17h50 (de Brasília), a moeda americana cedia a 1.451,14 no mercado oficial. No mercado paralelo, o dólar blue era vendido a 1.440 pesos no mercado paralelo, conforme o Âmbito.


