“Se for isso que estamos vendo sendo noticiado, que o PT e o PMDB fecharam questão sem conversar com o grupo aqui, poderemos romper com a base. Se essa discussão está selada, então, o PSD poderá estar fora dos debates feitos até o momento. Vamos avaliar uma terceira via, porque o partido tem condições e aliados para esse projeto”, alertou Chico Daltro.
A reação de Daltro tem explicação: desde o início das discussões sobre o processo eleitoral deste ano, foi formado um fórum de siglas que sustentam a gestão Silval Barbosa (PMDB). O pessedista é um dos coordenadores desse grupo. A última reunião entre as siglas da base foi realizada no dia 6 de maio, contando com representantes do PT, PMDB, PSD, Pros, PR e PSC. No período, o maior foco se dava em torno da integração ou não dos republicanos nos planos para as eleições.
Desde então, foi formada comissão, com representação de todas as agremiações envolvidas, para definir critérios para a escolha de um nome de consenso no bloco para a liderança de majoritária, tendo ainda como pré-candidatos o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e o ex-juiz federal, Julier Sebastião da Silva (PMDB).Outros elementos, no decorrer deste mês, como a ausência do senador Blairo Maggi (PR) nos debates e a indefinição do PR sobre o rumo a tomar, além dos reflexos da Operação Ararath, colaboraram para o adiamento de um novo encontro.
Ocorre que paralelamente, líderes do PMDB, como Bezerra, e o pré-candidato Julier, estariam arquitetando um projeto eleitoral em que os principais espaços da chapa majoritária, os cargos de governador e de senador, seriam reservados para os indicados dos quadros peemedebistas e petistas. São contornos que deixariam o PSD em segundo plano, numa seara que passa a ser refutada por Daltro.
“Esperamos coerência, no mínimo, dos líderes que fazem parte do fórum. O PSD não irá se curvar a negociações à margem do que foi proposto neste grupo”, disparou.
O PSD, partido fundado em 2011, possui em Mato Grosso “cartas na manga” para fazer valer seu peso eleitoral. Elegeu 39 prefeitos nas eleições de 2012, e mantém domínio sobre entidades como a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), e União das Câmaras Municipais do Estado (Ucmmat).
A Gazeta