Alguns apoiadores do autoexilado Thaksin, deposto por um golpe em 2006, preveem que o Exército fará reformas eleitorais e outras mudanças nos próximos meses para buscar encerrar a influência política do magnata de uma vez por todas.Mas o Exército diz que está sendo imparcial e que políticos e ativistas de ambos os lados estão entre as mais de 250 pessoas presas desde o golpe, embora a maioria dessas pessoas fosse aliada do governo deposto da irmã de Thaksin, Yingluck Shinawatra.
A disputa entre os apoiadores do establishment" monarquista, do qual os militares são uma parte, e da máquina política de Thaksin, que inclui a população rural mais pobre, tem polarizado o país e dividido famílias.A junta militar disse que busca coesão nacional e liderar a Tailândia de volta ao caminho da democracia, e argumenta que os centros de reconciliação serão parte desse esforço.
É o modelo de Prayuth e sua intenção é construir a paz, porque mesmo dentro de uma mesma família não se pode discutir política, disse o coronel Banpot Poonpien, um porta-voz ligado à Isoc, uma agência militar de segurança nacional.Devemos trabalhar sobre como ensinar as pessoas a viverem juntas em harmonia, disse ele a repórteres.Segundo Banpot, Prayuth deu à Isoc a responsabilidade de montar centros de reconciliação em todas as regiões da Tailândia, mas os detalhes de onde e como esses centros vão operar ainda precisam ser finalizados.
Protestos
Centenas de soldados e policiais tailandeses voltaram nesta sexta a tomar o Monumento da Victoria em Bangcoc para impedir pelo segundo dia consecutivo os protestos contra a junta militar.As tropas de choque bloquearam a entrada ao monumento, que desde domingo passado se transformou no ponto de encontro das centenas de tailandeses que se atreviam a desafiar a lei marcial.O lugar, normalmente cercado por trânsito intenso e vendedores ambulantes, está praticamente vazio e em silêncio, exceto pela música e pelas instruções que saíam dos alto-falantes instalados em um veículo militar.
G1