Rio
Esta é a terceira paralisação dos rodoviários dissidentes no Rio, e começou nesta quarta com menor impacto que o esperado: segundo o Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas, 90% da frota estava nas ruas no início da manhã. Passageiros ouvidos pelo G1 na Central do Brasil enfrentavam filas e coletivos lotados, mas o número de veículos disponíveis era, de fato, muito superior ao dos outros dias de greve. O Metrô na Superfície serviço complementar de ônibus do Metrô Rio não estava funcionando no começo da manhã, o que prejudicava passageiros principalmente na Zona Sul. Acompanhe a situação no Rio em tempo real.
Nas últimas paralisações a primeira, no dia 8, e a segunda, nos dias 13 e 14 manifestantes depredaram mais de 700 ônibus. Desta vez, até as 7h20, não havia sido registrado nenhum episódio de violência. Segundo a liderança do movimento grevista, não houve avanço nas negociações com as empresas. Os dissidentes rejeitam o acordo firmado em março entre o Sintraturb (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro) e o Rio Ônibus, que estabeleceu aumento de 10% no salário retroativo a abril, elevando o salário-base do motorista para cerca de R$ 1.950. Os rodoviários dissidentes pedem aumento de 40% passariam a receber quase R$ 2,5 mil e cesta básica de R$ 400 era de R$ 100 e subiu para R$ 140. Outra reivindicação é o fim da dupla função, na qual motoristas também trabalham como cobradores. Segundo eles, o Sintraturb não consultou a categoria ao aceitar o acordo com as empresas, mas o sindicato nega.
Salvador
A capital baiana amanheceu sem ônibus pelo terceiro dia seguido. A Polícia Militar reforçou a segurança dos coletivos em garagens da cidade. Até as 6h40, não havia sido registrada nenhuma ocorrência em Salvador. Escoltados pela PM, alguns veículos começaram a deixar as garagens das empresas por volta das 7h.
Há três dias, a população da capital tem recorrido ao transporte alternativo, como vans e mototáxis, e a 300 micro-ônibus que rodam nas principais avenidas. Na terça-feira (27), a Justiça bloqueou bens do Sindicato dos Rodoviários, e Salvador ficou sem um único ônibus da frota tradicional nas ruas. O julgamento do dissídio da categoria está marcado para as 10h desta quinta-feira (29). A última proposta feita aos rodoviários foi do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que ofereceu 9% de reajuste salarial e R$ 17 no ticket-alimentação, mas os rodoviários pedem 12% de aumento e jornada de 6h40, com descanso de 20 minutos.
São Luís
A capital maranhense amanheceu sem ônibus nas ruas pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira. Não houve acordo entre patrões e empregados em reunião na noite de terça-feira. Uma nova negociação na Justiça do Trabalho deve ocorrer nesta quarta. A Prefeitura de São Luís descartou qualquer possibilidade de reajuste nas tarifas do transporte coletivo.
Os rodoviários apresentaram uma segunda proposta às empresas, diminuindo o percentual de reajuste de 16% para 11% e mantendo os pedidos de aumento do ticket-alimentação para R$ 500 por mês, inclusão de um dependente no plano de saúde e implantação de plano odontológico. Mesmo assim, os empresários não cederam.
Florianópolis
Desde a 0h até as 8h desta quarta-feira, apenas cinco ônibus saíram das garagens das empresas de transporte coletivo na Grande Florianópolis. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb), Antônio Carlos Martins, as nove empresas da região e os 5 mil funcionários aderiram à paralisação.
A principal reivindicação da categoria é evitar uma possível demissão de 350 cobradores, em decorrência da automatização das catracas. A prefeitura nega que haverá demissão de trabalhadores do sistema. Nesta manhã, foram colocadas 200 vans nas ruas para fazer o transporte da população na capital catarinense. Até as 8h, o movimento era tranquilo na cidade.
Greve de metroviários aprovada em SP
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo que representa funcionários do Metrô nas linhas 1, 2, 3 e 5 da capital paulista aprovou greve em assembleia realizada na terça-feira. A paralisação está prevista para a quinta-feira da semana que vem, dia 5 de junho.
Antes disso, porém, a categoria tentará uma conciliação na Justiça do Trabalho e fará uma assembleia, ambas no dia 4, e poderá trocar a greve por catraca livre (fazer com que os passageiros usem o transporte sem pagar). O sindicato pede 35,47% de reajuste (7,95% de inflação mais 25,5% de aumento real), elevação de 13,25% para o vale-refeição, vale-alimentação de R$ 379,80 (atualmente é de R$ 247,69), plano de carreira, Metrus Saúde para aposentados, reposição do quadro de funcionários e PR (participação nos resultados) igualitária. De acordo com os metroviários, após cinco reuniões de negociação dizendo não às reivindicações da categoria, a empresa ofereceu apenas 5,20% de reajuste.
G1