O Ministério das Relações Exteriores do Japão fez um pedido de extradição da brasileira, mas os dois países não possuem um tratado bilateral nessa área. E o fato de ela ter a nacionalidade brasileira complica ainda mais o caso.A polícia de Osaka, que suspeita do envolvimento da brasileira no assassinato da enfermeira e quer interrogá-la, enviou à China um pedido de extradição acusando-a de ter usado um passaporte falso para sair do país.
Muitos jornais japoneses publicaram opiniões de especialistas em direito internacional que se disseram pessimistas em relação a um possível acordo diplomático neste caso.As relações entre China e Japão andam muito estremecidas e, por essa razão, muitos acreditam que a jovem pode vir a ser extraditada para seu país de origem, o Brasil.O professor de Direito da Universidade Kinki, Norio Tsujimoto, disse ao jornal Yomiuri que existe ainda a possibilidade do Brasil – após eventual solicitação do Japão – pedir à China a deportação da brasileira.
A BBC Brasil entrou em contato com a embaixada brasileira em Tóquio para saber se o governo japonês já fez alguma consulta oficial, mas foi informada de que não será feita ainda nenhuma declaração sobre o caso.Japão e Brasil também não têm acordos nesta área. O governo brasileiro em princípio não extradita seus nacionais, mesmo que foragidos da polícia em outros países.
Uma equipe da TV japonesa Fuji registrou imagens da brasileira na China. Segundo a reportagem, ela estava em Xangai desde o dia 25, na casa de uma amiga chinesa que teria viajado com ela.Na manhã do dia 27, ela foi vista conversando com a amiga na rua e, logo depois, voltou para a casa, trocou de roupa e foi ao consulado-geral do Japão para se entregar.
G1