Ele foi um dos 13 presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeita de integrar uma quadrilha que movimentou mais de R$ 10 bilhões em operações de lavagem de dinheiro. Costa acabou liberado por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme as investigações, o ex-diretor da Petrobras ajudou empresas de fachada mantidas pelo doleiro Alberto Youssef a fechar contratos com a estatal. Entre esses contratos, aparece o da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Nessa operação, a PF estima que foram desviados até R$ 400 milhões da obra, considerada superfaturada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O requerimento que pede a convocação de Costa à CPI foi apresentado pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e foi aprovado por unanimidade na manhã desta terça-feira. Apenas senadores aliados ao governo têm participado das sessões da CPI.
A oposição se recusou a integrar a comissão porque pretende fazer pressão para que seja instalada uma CPI mista, com a presença também de deputados.
Outros requerimentos
A comissão também aprovou requerimento que pede ao Supremo Tribunal Federal e à 13ª Vara Federal de Curitiba cópia da Operação Lava Jato.
Foi aprovada ainda a convocação do gerente de Implementação de Empreendimentos de Unidades Estacionárias de Produção da Petrobras, Altamiro da Motta Ferreira Filho. Ele deverá dar explicações sobre segurança nas plataformas, um dos itens investigados pela CPI.
Os parlamentares também querem informações sobre a refinaria Bahia Blanca, na Argentina, e vão pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) cópia dos processos que tratam da troca de ativos entre a Petrobras e a empresa espanhola de petróleo Repsol YPF.
Outros depoimentos
Está marcado para quinta-feira o depoimento do ex-diretor da área internacional da Petrobras que sucedeu Nestor Cerveró no cargo, Jorge Zelada. Cerveró é o autor do relatório no qual o Conselho de Administração da petroleira se baseou para aprovar a aquisição de 50% de Pasadena, refinaria no Texas (EUA).
A transação, concretizada em 2006, é alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) devido a suspeitas de irregularidades. O documento foi considerado "falho" pela presidente Dilma Rousseff porque emitia duas cláusulas que causaram prejuízo à empresa.
G1