Com a vitória do marechal de campo Sisi dada como certa, o comparecimento às urnas no país e nos locais de votação no exterior é visto como um importante indicador do nível de apoio popular para o ex-chefe do Exército, que destituiu o primeiro presidente livremente eleito no Egito, Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana.
A mídia leal ao governo criticou os eleitores por não irem em grande número às urnas e os egípcios receberam mensagens de texto lembrando-os de que não votar é um delito punido com multa.Um destacado comentarista de TV disse que as pessoas que não votavam eram "traidores, traidores, traidores".Depois da abertura das seções eleitorais às 9 horas (3 horas em Brasília), as filas eram pequenas em vários partes do Cairo e em alguns casos não se viam eleitores. Os locais de votação serão fechados às 22 horas, uma hora depois do previsto inicialmente.
Só existe um outro candidato: o político esquerdista Hamdeen Sabahi, cuja campanha descreveu o comparecimento no primeiro dia como "moderado, e abaixo do moderado em alguns casos".
Embora Sisi desfrute de amplo apoio entre boa parte dos egípcios, que o veem como um líder forte capaz de pôr fim a três anos de turbulência no país, alguns dizem não ter ido votar porque nenhum dos dois candidatos preenchia as aspirações manifestadas durante a revolta da Primavera Árabe, de 2011, contra décadas de autocracia.
A Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas, que veem Sisi como o responsável por arquitetar o golpe que depôs Morsi, boicotaram a eleição que deve reconduzir novamente um militar à Presidência de um país dominado pelo Exército desde 1952.
G1