A nova audiência de conciliação para tentar um acordo entre os trabalhadores e o sindicato das empresas (STU) marcada para a terça-feira (27), foi antecipada pela Justiça do Trabalho e deverá ser realizada já na segunda (26).
A greve afeta 350 mil pessoas que dependem do transporte coletivo, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU). Na escola estadual Liceu Cuiabano, dos 1.450 alunos matriculados nos três períodos, apenas 15 foram na manhã desta sexta. Eles foram dispensados e as aulas, por enquanto, estão suspensas. O diretor explica que será preciso reorganizar o calendário para repor o conteúdo perdido, mas depois do fim da paralisação. No Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), os estudantes que conseguiram chegar na unidade de ensino esperaram no pátio para saber se teriam aula.
A assessoria do Stett destacou que os motoristas estão irredutíveis quanto às propostas dos empresários e só devem retornar ao trabalho se as empresas apresentarem um novo acordo. Enquanto os motoristas pedem aumento de 7,5% do salário base, que passaria de R$ 1.680 para R$ 1,8 mil, as empresas oferecem 5,8%, o que foi rejeitado pelo sindicato. Além disso, os empresários não concordaram em pagar vale alimentação no valor de R$ 200.
Uma assembleia deverá ser realizada neste sábado (24) pela categoria para discutir diversos pontos, entre eles, se será mantido ou não paralisação total da frota de ônibus até a segunda-feira. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT), a antecipação da audiência é em razão dos transtornos causados pela greve à população e pelo caráter essencial da atividade da categoria profissional paralisada. A nova tentativa de conciliação deverá ser realizada a partir das 14h, no gabinete da desembargadora Beatriz Theodoro. Na última audiência, realizada na quinta-feira (22), não houve acordo entre os motoristas e as empresas.
Já antes do início da greve, na segunda-feira (19), a Justiça concedeu liminar e determinou o mínimo de 70% da frota dos ônibus em circulação nas duas cidades durante a paralisação da categoria. Porém, os motoristas descumpriram a ordem no primeiro dia de manifestação, na capital e em Várzea Grande, e o sindicato foi multado em R$ 30 mil. Na audiência realizada na última quinta, a Justiça determinou novo percentual de frota em circulação reduzindo de 70% para 50%.
G1