Entre as principais reivindicações dos policiais, está a incorporação de uma gratificação de R$ 850 ao salário da polícia. A gratificação será parcelada até 2018. O tema será o mais importante da reunião desta quinta-feira. Os policiais civis irão se concentrar na Cidade da Polícia às 12h, após a reunião dos líderes da categoria com o governador.
"Espero que o governo tenha a sensibilidade para negociar conosco, e que o secretário Beltrame também nos ajude, já que foi interlocutor desse aumento . A categoria foi empurrada para esse momento devido à demora do governo do Estado em definir a respeito dessa gratificação", disse Francisco, que anunciou também que a Operação Repressão Qualificada", na qual viaturas da polícia civil realizam patrulhamento preventivo nas ruas do Rio, não será mais feita pelos agentes policiais civis do RJ devido a falta de pagamento (RAS).
Além disso, duas novas mobilizações da Polícia Civil já estão marcadas: um evento de doação de sangue no Hemorio, no Centro da cidade, no dia 28 de maio; e um protesto de policiais no Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte da cidade, no dia 6 de junho.
Projeto de lei
O chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, declarou ser a favor da incorporação das gratificações ao salário do policial civil, que é a principal reivindicação da categoria. O presidente do Sindpol, Francisco Chao, não escondeu que ficou satisfeito com a notícia da reunião com o governador Luiz Fernando Pezão, nesta quinta-feira (21), mas disse que ainda é prematuro fazer qualquer previsão a respeito de uma nova paralisação no futuro. Segundo ele, amanhã é o ultimo dia para uma negociação que leve a votação de um projeto de lei que incorpore a gratificação.
É muito bom saber disso, mas precisamos resolver isso rápido, porque isso tem que chegar à Alerj [Assembleia Legislativa] o mais rápido possível. Eles não vão poder resolver isso em junho. Isso tem que ser feito o mais rápido possível", disse Chao, que irá amanhã à reunião com uma comissão de 20 policiais.
Protesto
Eles interditaram parcialmente a Avenida Dom Hélder Câmara, às 14h30, em protesto. O grupo pretendia fazer uma manifestação dentro da Cidade da Polícia. No entanto, depois que a imprensa foi impedida de entrar, os policiais saíram e fecharam a via por cerca de 10 minutos até serem convencidos a retornar à sede da corporação. Em seguida, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, chegou ao local e liberou a entrada dos jornalistas.
"Se o sindicato queria que a imprensa entrasse, ela entraria. O momento é de muita serenidade. Querer gritar e falar alto não vai resolver nada. Nunca restringi o acesso da imprensa. Jamais iria fazer isso como chefe de polícia. Se houve um ruído no contato, a gente tem que consertar isso. Não digam que estão restringindo porque não estão e jamais faríamos isso", disse Veloso, acrescentando que o sindicato pediu para usar a área da Cidade da Polícia, o que foi atendido.
"O pleito dos policiais é justo e não tem ninguém contra."
Por volta das 15h30, Veloso se reuniu com os líderes da paralisação. Após a reunião, Francisco Chao presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), falou que a paralisação desta quarta é um sucesso e transcorre na "mais absoluta ordem".
"E óbvio que a gente lamenta os pequenos transtornos que a gente acaba causando para as pessoas que acabam procurando as delegacias e não tiveram as ocorrências registradas. A gente lamenta isso profundamente"", explicou Chao.
Reivindicações
Policiais civis iniciaram à 0h desta quarta-feira (21) uma paralisação de 24 horas. A categoria pede que as gratificações sejam incorporadas ao salário, além de aumento no vale-transporte e no tíquete-refeição. O presidente do sindicato, Francisco Chao, informou que, apesar da paralisação, policiais vão trabalhar nas delegacias para atender às ocorrências mais graves.
Não é uma greve, é uma paralisação pontual de 24 horas. Nós iremos manter os registros de ocorrência de fatos envolvendo violência, por exemplo, roubo de veículos, casos de violência doméstica e furto de veículo também. As investigações é que vão sofrer solução de continuidade nessa paralisação de 24 horas. O policial não vai deixar de vir à delegacia para ir à praia. Ele vai estar aqui na delegacia, vai estar presente. E óbvio, como a gente vai atuar em cima dos casos essenciais, os 30% do efetivo que a lei de greve exige vão atuar exatamente nesses 30% dos casos essenciais, disse Chao.
G1