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Haddad defende arcabouço fiscal e critica desigualdade em evento do BTG Pactual em SP

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 22, que todos sabem o que têm de fazer em relação à política fiscal do Brasil. Ele deu o exemplo do apoio com folga dentro do PT ao arcabouço fiscal. O ministro participou de um evento do banco BTG Pactual, em São Paulo.

Haddad declarou que há um “jogo de cena” na política brasileira, mas que todos os players sabem o que deve ser feito na política fiscal.

Ele deu o exemplo da última convenção do PT, na qual, segundo ele, o apoio ao arcabouço fiscal foi expressivo, mas às vezes, essa maioria é silenciosa.

O ministro disse ser favorável a um Estado operante, dizendo que um país forte é aquele menos endividado, que consegue reagir.

Criticou ainda o nível de desigualdade no Brasil. Segundo ele, é inadmissível um país tão grande ser tão desigual.

Ministro nega ‘gastança’ ou ‘fúria arrecadatória’

No mesmo evento em São Paulo, Haddad também disse que não há “gastança” e que o governo não tem “fúria arrecadatória”. “Nem que houve gastança, como querem alguns, nem que tenha uma fúria arrecadatória”, destacou, afirmando que houve uma fúria arrecadatória durante o regime militar, por exemplo.

Ele afirmou ser natural haver debate dentro do governo sobre quem quer expandir gastos e quem quer conter.

Haddad declarou que não foi para o cargo de forma “desavisada” e que está na cadeira “com gosto”, fazendo as coisas por convicção, e não por pressão.

O ministro disse que comprou briga para cortar privilégios, mas que é complexo lidar com as forças políticas no Congresso.

“Agora nós estamos aí com uma medida provisória para votar MP 1.303, para fechar o Orçamento do ano que vem. Que grande coisa tem na medida provisória? Cobrar de bet, diminuir o incentivo de títulos isentos hoje, está causando uma distorção enorme, até na rolagem da dívida pública, o Tesouro está com dificuldade”, disse Haddad.

Precatórios

O ministro da Fazenda ainda disse que o governo está trabalhando para explicar ao Judiciário as consequências dos precatórios para as contas públicas.

Segundo ele, a Fazenda montou uma estrutura para lidar com os precatórios e atuar para evitar outro “7×1” nesse tema.

Haddad também criticou o governo de Jair Bolsonaro por dar um calote nos precatórios que precisou ser pago por sua gestão.

Estadão Conteudo

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