Os trabalhadores reclamam da decisão anunciada no dia 13 pelos reitores, que decidiram congelar os salários de professores e servidores neste ano. Professores e funcionários anunciaram uma paralisação nesta quarta-feira e, após a reunião, vão fazer assembleias para votar um indicativo de greve.
O Cruesp decidiu congelar os aumentos salariais em virtude do alto nível de comprometimento de orçamento com folha de pagamento, 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp. A decisão provocou indignação entre as entidades de classe.
A Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) exige, entre outras coisas, transparência da gestão financeira da universidade, iniciando-se pela imediata abertura e publicização de todas as contas das administrações precedente e atual da USP. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) quer 9,78% de reajuste. Docentes e servidores da Unicamp e Unesp também pedem reajuste nos salários.
Crise na USP
No final de abril, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, enviou uma carta aos professores e funcionários em que expôs a crise financeira da instituição. Foram suspensas as contratações de pessoal por tempo indeterminado, incluindo as substituições de aposentados ou demitidos, e os servidores tiveram salários congelados. Também foram suspensos investimentos em construções. A principal dificuldade da USP é arcar com a folha de pagamento, que atinge 105% do orçamento da universidade.
G1