O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, firmou nesta sexta-feira, 19, um decreto que cria o programa de residência “Gold Card” que custará US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,32 milhões) para indivíduos, e 2 milhões (cerca de R$ 10,6 milhões) caso seja patrocinado por uma empresa.
O presidente republicano anunciou também que as companhias que desejam contratar trabalhadores estrangeiros muito qualificados com o visto H-1B, como no setor de alta tecnologia, deverão desembolsar US$ 100 mil (cerca de R$ 532 mil) a cada ano, em vez dos 1 mil dólares atuais ( cerca de R$ 5.320).
“Acredito que vai ser tremendamente bem-sucedido”, disse Trump.
Ao lado de Trump havia um cartaz dourado, no formato de um cartão de crédito de tamanho gigante, com sua foto em pleno centro.
Os vistos H-1B têm duração determinada, inicialmente de três anos, e são prorrogáveis por até seis, para estrangeiros patrocinados por um empregador. Desde o seu primeiro mandato, Trump vinha mostrando a intenção de limitar essas permissões de trabalho para priorizar a mão de obra americana.
O número de pedidos de visto H1-B aumentou significativamente nos últimos anos e chegou a um pico de aprovação em 2022, durante a presidência do democrata Joe Biden.
Em contrapartida, o pico de rejeição foi registrado em 2018, durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca.
Os Estados Unidos aprovaram aproximadamente 400 mil vistos H1-B em 2024, dos quais dois terços foram renovações. A Índia representa cerca de três quartos dos beneficiários.
As grandes empresas de tecnologia dependem de trabalhadores indianos que se mudam para os Estados Unidos ou viajam entre ambos os países.