Cuiabá viveu nesta semana um momento de cidadania e inclusão com a finalização do Mutirão “Pop Rua Jud/MT”, ação voltada ao atendimento da população em situação de rua. A iniciativa reuniu órgãos do sistema de Justiça, instituições parceiras e representantes da sociedade civil, garantindo acesso a serviços essenciais de forma rápida e humanizada.
O evento contou com a presença do Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Pablo Coutinho Barreto, que destacou a relevância da ação para a consolidação da política judiciária nacional de atenção à população em situação de rua. Em sua fala, ressaltou que o CNJ busca incentivar tribunais de todo o país a replicarem experiências exitosas como a de Mato Grosso, onde há engajamento interinstitucional e resultados concretos.

Segundo Pablo Coutinho Barreto, “o mutirão não é apenas uma prestação de serviço momentânea, mas uma oportunidade de resgatar a dignidade, abrir caminhos e oferecer novas perspectivas de vida para aqueles que mais necessitam”.

O Juiz Antônio Horácio da Silva Neto do 4 Juizado Especial Cível de Cuiabá Volante Ambiental de Cuiabá, e Flávia Salem Silva, representante da Casa do Parque, instituição cultural e social, auxiliaram a defensora pública Kátia Cilene Oliveira Giraldi na montagem da exposição “A Arte do Povo da Rua”, projeto da Defensoria Pública de São Paulo, que traz quadros e esculturas de assistidos e acolhidos, nas atividades integrativas e espaços de acolhimento, pois a cultura e a arte também são instrumentos de transformação e devem estar presentes em iniciativas de cidadania como esta.
Entre os serviços oferecidos no mutirão estiveram a regularização de documentos pessoais, orientação jurídica, acesso a programas sociais, atendimento de saúde e encaminhamento a oportunidades de capacitação. O diferencial, segundo os organizadores, foi a união de esforços entre Poder Judiciário, órgãos públicos e sociedade civil, fortalecendo a rede de proteção social.
A ação deixa como legado não apenas os números de atendimentos realizados, mas principalmente a reafirmação de que dignidade e inclusão devem ser princípios permanentes das políticas públicas.