Fotografar uma cachoeira é muito mais do que registrar uma imagem: é tentar traduzir, por meio da lente, a magnitude da natureza em sua forma mais pura. Cada queda d’água carrega consigo a força do tempo, a suavidade do movimento e a energia que parece lavar não apenas as pedras, mas também a alma de quem contempla. Ao estar ali, diante da grandiosidade das Cachoeiras do Paraíso (@cachoreirasdosparaiso), sentimos como se cada gota fosse capaz de renovar nossas forças, devolvendo serenidade e entusiasmo para a vida.
Essa experiência vai além do ato de clicar. É sobre aprender a observar a luz, o movimento e o silêncio que mora entre um estrondo e outro da água. É sobre compreender que a fotografia é ponte: aquilo que a câmera capta é apenas um reflexo da emoção que o coração já guardou.

Mas essa vivência também nos lembra da importância da preservação. Lugares assim não pertencem apenas a quem os visita hoje; são heranças vivas que precisam estar intactas para as futuras gerações. A natureza, generosa, nos oferece espetáculo e cura e em troca, pede apenas respeito, cuidado e consciência.
Nas Cachoeiras do Paraíso, essa sensação de acolhimento se intensifica graças à presença da Dona Deusa, guardiã desse lugar sagrado. Com sua hospitalidade, ela não apenas cuida da terra e das águas, mas também acolhe cada visitante como se fosse parte de sua própria família. É impossível não sair dali com a sensação de ter sido abraçado pela natureza e por pessoas que realmente acreditam na beleza de compartilhar. E não posso deixar de falar do almoço oferecido, que com simplicidade ressalta os melhores sabores da região.

E para quem se aventura na fotografia, a experiência ganha ainda mais sentido com a orientação de mestres como Amaury (@amaurysantosfotografo) e Marcelo (@marcelobborges). Com paciência e sensibilidade, eles transformam cada detalhe em aprendizado, mostrando que a fotografia é muito mais do que técnica: é olhar, é sentir, é se entregar ao instante. Seus ensinamentos incentivam, despertam talentos e, principalmente, ajudam cada um a enxergar além da imagem, descobrindo o verdadeiro poder de contar histórias com a luz.
Visitar a Cachoeira do Paraíso é, portanto, um convite a redescobrir-se, a renovar as energias, a aprender e, acima de tudo, a valorizar o que temos de mais precioso – a natureza que nos envolve e nos sustenta.
Super recomendo.

Olinda Altomare é magistrada em Cuiabá e cinéfila inveterada, tema que compartilha com os leitores do Circuito Mato Grosso, como colaboradora especial. @aeternalente
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