Cuiabá precisa de R$ 200 milhões para investir na melhoria da infraestrutura de escolas e creches da rede municipal. O valor foi apresentado pelo secretário de Educação, Amauri Monge Fernandes, durante reunião na Câmara Municipal nesta quarta-feira (10), quando esclareceu que não existe nenhum projeto do Executivo para privatizar escolas, mas sim a possibilidade de uma Parceria Público-Privada (PPP) voltada a obras de reforma e reconstrução.
Segundo o secretário, o município possui 172 unidades escolares, entre EMEBs, CMEIs, CEICs e escolas rurais, e todas necessitam de reformas. Do total, 160 serão reformadas e outras 12 precisarão ser demolidas e reconstruídas, pois os prédios antigos não comportam novos reparos. “Essa proposta de PPP é necessária porque o município, sozinho, não conseguirá ter dinheiro em caixa para patrocinar esses investimentos”, afirmou.
A explicação foi dada aos vereadores que integram a Comissão de Educação da Câmara, formada por Daniel Monteiro, Mário Nadaf e Michelly Alencar. O secretário reforçou que não há intenção de repassar a gestão pedagógica ou de pessoal à iniciativa privada, mas apenas viabilizar recursos para garantir estrutura adequada aos estudantes.
Além do debate sobre infraestrutura, Amauri Monge Fernandes informou que a Prefeitura de Cuiabá já se organiza para o calendário escolar de 2026. O ano letivo deve começar em 15 de janeiro, com a entrega de uniformes e kits escolares logo no primeiro dia de aula. A medida, segundo ele, busca reduzir transtornos e assegurar melhores condições de aprendizagem.
A proposta de PPP segue em fase de estudos preliminares e, se confirmada, funcionará como um contrato de colaboração entre setor público e privado. Nesse modelo, a empresa assume os investimentos, o financiamento e a execução das obras, enquanto a Prefeitura mantém a gestão pedagógica. A expectativa é atrair o aporte mínimo de R$ 200 milhões para modernizar toda a rede escolar da capital.