Esquentar comida em potes plásticos pode liberar substâncias químicas invisíveis nos alimentos; veja os riscos e os cuidados indicados por especialistas
Por Jonatas Magno
Uma prática bastante comum no dia a dia é esquentar comida em potes de plástico, seja na marmita do trabalho ou no armazenamento de ingredientes para uso rápido. Mas você sabe o que acontece quando o plástico é aquecido junto com os alimentos? Para entender melhor os riscos dessa prática para a saúde, conversamos com o microbiologista e professor de Biomedicina da UNINASSAU Recife, Campus Boa Viagem, Jorge Belém (@prof.jorgebelem).
“Imagine que o calor funciona como um ímã: ele puxa para a sua comida pequenos pedacinhos químicos que estão no plástico”, disse.
“Essas substâncias são usadas para dar flexibilidade, cor ou durabilidade ao material. E isso acontece muito mais fácil se a comida for gordurosa (como queijo, molho branco, carne) ou ácida (como molho de tomate, suco de laranja ou vinagrete). O calor “solta” essas partículas, que vão parar direto no seu alimento”, começou a explicação.
E aqueles símbolos no fundo do pote? Eles não estão ali por acaso. “Funcionam como um mapa, e o mais importante é o símbolo do micro-ondas (aquele com as ondinhas). Já o triângulo com um número indica o tipo de plástico utilizado”, explicou.
Nº 5 (PP): É o mais seguro e pode ir ao micro-ondas.
Nº 1 (PET): É aquele das garrafas de água e não pode esquentar.
Nº 3 (PVC): Tem ftalatos, então é melhor fugir do calor.
Nº 6 (PS): É o isopor e pode soltar estireno (uma substância bem ruim) quando esquenta.
Nº 7 (OUTROS): Pode conter BPA ou outros, assim, é melhor não arriscar.
Foto Capa: Reprodução/Freepik
Fonte: https://receitas.globo.com