Com a abertura do processo, Argôlo pode sofrer penas que vão de advertência até a cassação do mandato. Youssef foi preso pela Polícia Federal em março por suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões.De acordo com reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", Alberto Youssef teria bancado de um a dois caminhões lotados de bezerros para Argôlo, a um custo de R$ 110 mil. Já reportagem da revista "Veja" publicada em abril revelou trocas de mensagens atribuídas ao doleiro e ao parlamentar em que ambos supostamente discutem pagamentos e saques de dinheiro.
Conforme a publicação, após uma dessas conversas, Youssef teria transferido R$ 120 mil para o chefe de gabinete de Argôlo.Nesta quarta (14), a Mesa Diretora da Câmara aprovou por unanimidade o relatório da corregedoria da Casa que defende a cassação do mandato de Luiz Argôlo.O parecer, assinado pelo corregedor, deputado Átila Lins (PSB-PI), foi enviado ao Conselho de Ética.
Desde que surgiram as denúncias, o deputado não se manifestou sobre as suspeitas de envolvimento com Youssef nem sobre os processos abertos na Câmara.
Na sessão desta quinta, o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que pedirá à Mesa Diretora da Câmara que os processos sejam unificados e possuam o mesmo relator.Se o colegiado aprovar sanções ao deputado, o processo seguirá para o plenário da Câmara, onde precisará ser aprovado por pelo menos 257 deputados.
G1