A escavação subterrânea do bairro está sendo feita através do "Tatuzão", como ficou conhecido o Shield Earth Pressure Balanced equipamento que perfura o solo.
Em relação às estruturas, [o local] está sendo monitorado e se mostra estável. Não existe risco para as edificações. As instrumentações que estão colocadas nos prédios garantem isso. A gente faz essa leitura de meia em meia hora, afere as movimentações que estão ocorrendo ali e tudo indica estabilidade das edificações, afirmou Coutinho.
Nesta segunda-feira (12), a cratera na Rua Barão da Torre já havia sido fechada, como mostrou o Bom Dia Rio. No entanto, a rua permanecia interditada ate as 10h20. Segundo a CET-Rio, o trânsito na região era normal por volta deste horário.As obras do metrô foram suspensas depois de uma reunião entre o coordenador da Defesa Civil Municipal, Márcio Motta, e engenheiros do Consórcio da Linha 4 do metrô no domingo.
Os trabalhos continuarão paralisados até que seja apresentado um plano de emergência e sejam apontadas as causas do afundamento do solo. A previsão é de que isso aconteça ainda nesta semana.O consórcio diz que está fazendo o monitoramento da região. Porém, houve uma falha e precisamos saber o que causou essa falha e o que tem de ser feito. A obra é importante para a cidade mas tem de ter segurança, disse Motta.
Buraco aberto na pista
O local onde surgiu a cratera está interditado para a construção da Linha 4 do metrô desde agosto do ano passado. Os moradores contaram que ouviram o barulho do terreno afundando.
Na manhã de domingo, parte do buraco estava coberta de cimento mas foi possível ver estragos em vários locais. No Edifício Mar Grande, a mureta do jardim ficou rachada em diversos pontos e o solo cedeu.Do outro lado da rua, mais problemas foram encontrados. Técnicos do Consórcio da Linha 4 iniciaram análise de cada construção da área.
Para o engenheiro civil Mário Sérgio de Castro Correia, também morador da Rua Barão da Torre, falta transparência durante as obras.Não reconhecem o erro. Mudaram [a escavação] da Rua Visconde de Pirajá com caixa maior [para a Rua Barão da Torre]. Estão há sete meses fazendo 20 metros aqui na frente. Isso é inaceitável, reclamou Correia.O Consórcio da Linha 4 do metrô disse que as empresas Ceg, Light e Cedae foram acionadas para participar do plano de emergência. O Corpo de Bombeiros informou que fez uma primeira avaliação do local, antes da Defesa Civil, cumprindo o plano de contingência. Os bombeiros não constataram risco para estrutura dos prédios no perímetro da ocorrência.
G1