"E a prefeitura não apresentou nenhuma proposta. A greve está confirmada, e teremos uma nova assembleia na quinta-feira (15), às 11h, no Clube Municipal, na Tijuca", disse Susana Gutierrez, da coordenadoria do Sepe.Em nota, a prefeitura informou que o salário dos professores do Rio é o segundo maior do Brasil, e que sempre esteve em acordo com o sindicato. Já Wilson Risolia, secretário estadual de Educação, disse que diminuir o tempo de trabalho de funcionários para 30 horas acarretaria diminuição no salário, o que é proibido por lei. Ele disse ainda acreditar na baixa adesão dos funcionários de educação à paralisação.
Na sexta-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, marcou uma audiência para a terça-feira (13), em Brasília, para tratar da greve, e pediu ao Sepe que não paralise as escolas antes da audiência.
Entenda o impasse
Após uma assembleia realizada na quarta-feira, os professores das redes municipal e estadual de ensino decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir desta segunda. Os profissionais de educação, a prefeitura e o governo do estado divergem em vários pontos. Uma das principais exigências da categoria é um aumento de 20% dos salários e que o acordo fechado depois da greve de 2013, que durou 70 dias, seja cumprido.
A Secretaria Municipal de Educação declarou que seguiu rigorosamente o acordo firmado com os professores. A secretaria estadual afirmou que a proposta de reajuste é de 8%, mas que esse valor ainda tem que passar por votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo informações da Secretaria estadual de Educação (Seeduc), as reivindicações não podem ser as mesmas para estado e município. Quanto à demanda de equiparação salarial dos professores, a Seeduc informa que a rede estadual do Rio paga, atualmente, R$ 16,90 pela hora-aula. Valor maior do que a hora-aula em São Paulo (R$ 15,80), no Espírito Santo (R$ 9,80) e em Minas Gerais (R$ 11,80).
A secretaria informou que os novos servidores têm ainda auxílio-transporte (entre R$ 63 a R$ 120/mês), auxílio-qualificação (bônus anual de R$ 500), auxílio-alimentação (R$ 160 mensais) e auxílio-formação para professores regentes de turma em parceria consórcio Cederj (R$ 300 mensais).
G1