Mix diário

Jeferson Tenório denuncia censura após ter perfil com 80 mil seguidores desativado no Instagram

O escritor Jeferson Tenório acusa a Meta, empresa que administra o Instagram, de censura. O autor teve o perfil com mais de 80 mil seguidores banido da rede social – segundo ele, sem qualquer explicação. Tenório atribui a desativação de seu perfil a um movimento mais amplo de repressão a personalidades progressistas na internet.

O Estadão questionou a Meta sobre o motivo do banimento. Também perguntou se há algum critério ideológico na moderação das contas. E deixou espaço aberto para manifestação.

A Companhia das Letras, que publica os livros do autor, divulgou uma nota de repúdio nas redes sociais. A editora afirmou que a exclusão do perfil de Tenório “parece ser uma tentativa de silenciamento”.

Autor dos livros O Avesso da Pele, Estela sem Deus e De Onde Eles Vêm, Tenório vem denunciando o caso em um novo perfil. A conta reserva tem 7,6 mil seguidores.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o escritor afirma que tentou entrar em contato com a Meta, mas não conseguiu informações. Ele está há mais de um mês sem acesso ao perfil, mas só trouxe o caso a público nesta semana.

“No primeiro momento, achei que a minha conta havia sido hackeada, mas depois veio a confirmação de que o meu perfil foi banido pela empresa Meta sob alegação de que não se enquadrava nas diretrizes da plataforma”, narrou Tenório.

O escritório FFM Advogados, que representa o autor, informou que vai acionar a Meta judicialmente.

“Vamos adotar todas as medidas cabíveis para responsabilizar a empresa, uma vez que a exclusão arbitrária reduz drasticamente o alcance do trabalho de Tenório, prejudicando sua atuação como escritor, educador e figura pública. Trata-se de uma grave violação à liberdade de expressão e ao direito à comunicação”, informou, em nota, o escritório.
‘É impossível escrever um livro sem material biográfico’, diz Jeferson Tenório

Não é a primeira vez que o autor denuncia censura. Em 2021, O Avesso da Pele, romance vencedor do Prêmio Jabuti, foi recolhido de escolas do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Goiás.

A obra faz parte do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). As instituições de ensino alegaram que havia “expressões impróprias” para menores de 18 anos.

Decisões da Justiça obrigaram as escolas a colocar o livro de volta na grade.

Estadão Conteudo

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Mix diário

Brasil defende reforma da OMC e apoia sistema multilateral justo e eficaz, diz Alckmin

O Brasil voltou a defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em um fórum internacional. Desta vez, o
Mix diário

Inflação global continua a cair, mas ainda precisa atingir meta, diz diretora-gerente do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva disse que a inflação global continua a cair, mas que deve