Sempre acessível nas redes sociais, Selton Mello levantou uma discussão entre seus seguidores no Threads, rede social de mensagens do Instagram: “Ainda faz sentido ter tv a cabo? Vocês cancelaram a assinatura e acessam tudo por streaming ou não é tão completo assim?”, questionou o ator.
As respostas foram variadas, com a maioria recomendando ao ator desonrar a profissão e recorrer à pirataria. “Eu ia falar que tô na pirataria, mas você é o Selton Mello, e não sei se devo falar dos meus podres pra um homem tão perfeito assim”, brincou uma seguidora.
Outros levaram o questionamento a sério e contaram sobre suas experiências individuais. “Na minha visão: o streaming não substitui a TV a cabo por que às vezes eu não quero escolher exatamente o que eu quero assistir… Eu quero ser surpreendida por um filme bom… Ou quero ver um desenho qualquer no canal infantil… Enquanto que no streaming eu não posso ver o que tá passando”, escreveu uma seguidora. “Eu ainda tenho TV por assinatura pq ela ainda é abrangente. Eu teria de assinar vários streamings para ter acesso ao conteúdo que assisto na TV”, pontuou outra.
Do lado do streaming, a maior parte dos seguidores reclamou da nova tendência das assinaturas que incluem anúncios e cobram a mais para tirá-los. Outros lembraram que o país ainda está bastante atrasado. “Aqui no Brasil? Ainda tem gente com tv de tubo. E não foi uma piada nem sarcasmo. Só respondendo mesmo.”
O hábito de assistir a filmes, novelas ou jornais no país continua migrando para a internet, segundo mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – módulo Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em julho.
Em 2024, 43,4% dos lares dispunham de serviço pago de streaming de vídeo. Houve um acréscimo de 1,5 milhão de residências com acesso ao serviço ante 2023, totalizando 32,7 milhões de casas. O avanço das plataformas digitais contrasta com o encolhimento da TV por assinatura tradicional. O serviço estava presente em 18,3 milhões de domicílios em 2024, o equivalente a 24,3% dos lares com televisor, recuo de 0,9 ponto percentual em relação a 2023. Entre os entrevistados, 31% dizem que o preço é alto e, por isso, desistem da assinatura.
O que vale mais a pena: streaming ou TV a cabo?
Para sanar a dúvida de Selton Mello, consultamos os valores atualizados das assinaturas de entrada nos principais serviços streamings e dos planos de TV a cabo oferecidos no Brasil.
O custo mensal para assinar os principais serviços de streaming seria de R$ 124,49 ao mês, enquanto alguns planos de TV por assinatura que já incluem os streamings mais os canais pagos podem sair mais em conta do que isso.
A resposta, portanto, não é clara. Depende do hábito do telespectador e também do que cabe no bolso dele mensalmente. Veja os preços abaixo e compare:
Quanto custa assinar os streamings?*
– Disney+: R$ 27,99/mês
– HBO Max: R$ 18,90/mês (no plano anual: R$ 226,80)
– Netflix: R$ 20,90/mês
– Globoplay: R$ 14,90/mês (no plano anual: R$ 178,80)
– Prime Video: R$ 19,90/mês
– Apple TV+: R$ 21,90/mês
Quanto custa assinar uma TV a cabo?*
– Sky+: R$ 99,90/mês (inclui Prime Video e Paramount+)
– Vivo Play: R$ 170/mês (plano TV Avançado com 120 canais)
– Claro TV: R$ 119,90/mês (plano TV + Box com 100 canais + Globoplay, Netflix, Apple TV+ e HBO Max)
– Oi TV: R$ 94,90 (plano Diversão com 121 canais, sendo 29 em HD)
*preços consultados em 12/8/2025, em São Paulo, capital