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Moedas Globais: dólar recua e cai na semana, com perspectivas para Fed e reunião Trump-Putin

O dólar operou em baixa nesta sexta, 15, em uma semana de queda para a moeda, pressionada pelas perspectivas de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed). Nos próximos dias, as atenções se voltarão ao simpósio de Jackson Hole, quando dirigentes do banco central americano deverão sinalizar seus próximos passos.

Hoje, o mercado esteve atento aos preparativos para o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, visando a guerra da Ucrânia. O dia teve ainda a publicação da queda do sentimento do consumidor americano medida pelo Instituto Michigan.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,41%, a 97,852 pontos. Na semana, houve queda de 0,33%. Por volta das 16h50 (de Brasília), o euro se apreciava a US$ 1,1705 e a libra avançava a US$ 1,3554. A moeda americana tinha queda ante a japonesa, cotada a 147,23 ienes.

“O dólar permanece em desvantagem, com as expectativas de um corte de juros na reunião do Fed de setembro se solidificando. Agora, esperamos que as autoridades optem por um corte de 25 pontos-base no próximo mês e uma flexibilização acumulada de 75 pontos-base até o final do próximo ano”, afirma a Capital Economics. Uma forte recuperação do dólar parece menos provável, avalia. “Dito isso, ainda acreditamos que a extensão dos cortes do Fed, descontados nos mercados monetários, provavelmente não se materializará totalmente e, portanto, nossa percepção é de que o dólar provavelmente se estabilizará nos próximos meses e recuperará algum terreno até o final de 2025”, avalia.

O discurso principal do presidente do Fed, Jerome Powell, na conferência Jackson Hole, na próxima semana, continua sendo o evento mais importante a ser observado, aponta a consultoria. “Nossa opinião é que Powell, no mínimo, refutará a crescente especulação sobre um corte de 50 pontos-base na taxa de juros. Isso daria algum suporte ao dólar no curto prazo. Se ele for mais longe e questionar completamente o corte de setembro, uma recuperação maior do dólar provavelmente estará próxima – embora dependente dos próximos números de folha de pagamento e inflação de agosto”, projeta.

Enquanto isso, o PIB japonês mais forte do que o esperado impulsionou o iene, embora as chances de um aumento de taxas pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) BoJ sejam ligeiramente menores do que as que o mercado tinha no final do mês passado, aponta a Bannockburn Capital Markets. O PIB real do Japão avançou 1,0% de abril a junho na base anualizada em relação ao trimestre anterior. A previsão dos analistas era de um avanço de 0,90%, segundo a FactSet.

Estadão Conteudo

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