Segundo o Sinetram, a frota total da capital conta com 1.500 ônibus. Somente uma das empresas afetadas pela greve desta quarta tem 300 ônibus e 2 mil trabalhadores. O Sindicato das empresas afirma que a paralisação é uma retaliação dos rodoviários contra o desconto em folha de pagamento em decorrência de uma greve que ocorreu no dia 1º de junho de 2013. O desconto foi autorizado pela Justiça do Trabalho, que considerou a paralisação ilegal.
O diretor do Sindicato dos Rodoviários, Rosinaldo Rocha, informou que além do desconto, trabalhadores de uma das empresas têm outras reivindicações. "Eles cobram pagamento do ticket alimentação do primeiro turno, pagamento de férias, entrega de folha de ponto e contra-cheque, repasse do FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço] e INSS [Instituto Nacional do Seguro Socia] e fardamento", destacou.De acordo Rocha, 28 pessoas que foram demitidas há um mês ainda não receberam indenização.
A paralisação desta quarta prejudicou usuários que aguardavam por transporte. A doméstica Cláudia Neves esperava por um coletivo da linha 652 na rotatória do São José, Zona Leste, para seguir para o trabalho na Avenida Efigênio Sales, na Zona Centro-Sul da cidade. Ela informou que muitos trabalhadores foram prejudicados. "Cheguei na parada às 6h. Em um dia normal, costumo esperar por cerca de 20 minutos. Agora, já estou 1h30 de espera e não passou nenhum ônibus. Fui pega de surpresa, porque não houve aviso", disse.
Maria Emida, que também trabalha como doméstica, também reclamou da situação. À espera da linha 652, ela disse que o tempo de espera por ônibus chega a quase duas horas. "Não optei por transporte alternativo porque todos estão lotados e está cada mais difícil conseguir uma vaga", afirmou.
G1