O policial militar baleado nesta quinta-feira, 7, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, está clinicamente bem e deve ter alta nesta sexta-feira, 8. A informação foi divulgada nas redes sociais pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
“Informação que grande parte da imprensa não pediu, mas a sociedade quer saber: acabo de ser informado que o Cb (cabo) Santana foi avaliado pela equipe do HC e está clinicamente bem, com previsão de alta para hoje. Fará logo mais uma tomografia de controle para validar a análise clínica”, diz ele na publicação.
Imagens da câmera corporal do policial militar, obtidas pelo Estadão, registraram o momento em que ele leva o tiro. Mesmo após ser baleado, ele conseguiu acionar o policiamento pelo rádio. A bala transfixou o pescoço. Ele foi socorrido pelo helicóptero Águia da PM e levado para o Hospital das Clínicas, na zona oeste.
A gravação da câmera corporal captou a perseguição de moto a um homem acusado de praticar um roubo na região da Chácara Santo Antônio. O policial chega a imobilizar o suspeito, mas moradores da comunidade se aproximam e um homem chega a tentar ajudar o suspeito a se desvencilhar. Após alguns segundos de luta corporal, o suspeito atira no pescoço do cabo Santana e sai correndo. Outro homem rouba a arma do policial e também foge.
De acordo com a PM, a ocorrência começou perto da região da Chácara Santo Antônio, na zona sul. A polícia teria sido acionada porque havia criminosos cometendo roubos no bairro em três motos. Na Rua África do Sul, então, os policiais militares da equipe de Rádio Patrulhamento visualizaram uma das motos. Houve tentativa de abordagem, mas os criminosos fugiram e foram perseguidos até Paraisópolis.
Na comunidade, o policial entrou em luta corporal com um suspeito e acabou baleado. Após o disparo, equipes da PM, incluindo a Tropa de Choque, foram deslocadas para Paraisópolis e cercam a comunidade em busca dos suspeitos, incluindo um adolescente. Uma blitz montada na região da avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, controlava o acesso à favela.
Um dos procurados é suspeito de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubo de motos e teria cometido ao menos quatro crimes desde 2022. Outro suspeito também foi identificado.
Cerca de 300 policiais militares foram deslocados para a favela de Paraisópolis. “O efetivo da Polícia Militar está empenhado, em uma operação que não tem prazo para acabar. A PM só acaba essa operação com esses dois criminosos presos”, disse coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, ao Brasil Urgente, da Band.