Depois de vários anos de retórica belicosa do ex-presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, Zarif afirmou no Parlamento que o novo governo conseguiu apagar a imagem divulgada pelo Estado hebreu sobre o perigo do Irã e de seu programa nuclear.
Os ultraconservadores iranianos criticam cada vez mais o acordo interino sobre o programa nuclear iraniano concluído com as grandes potências sob a batuta de Zarif, porque consideram que foram feitas muitas concessões.
Personalidades religiosas, parlamentares e autoridades do regime também criticam a política moderada de Zarif, sobretudo contra sua condenação do Holocausto.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "garante sem pudor que o Irã nega o Holocausto, que o Irã quer fabricar uma bomba nuclear para cometer um novo Holocausto", declarou Zarif.
"Mas eu e meus colegas dizemos ao mundo que o Irã é contra o antissemitismo e os genocídios", declarou aos deputados.O Irã não reconhece a existência de Israel e alguns de seus líderes defendem seu desaparecimento. Ahmadinejad havia classificado o Holocausto de "mito".
"Não permitiremos que o regime sionista – que possui inegavelmente armas químicas e nucleares e que é o que mais viola as leis antiproliferação – aponte o Irã como um perigo", afirmou Zarif.
"Nossa política estrangeira despojou Israel de sua calma e de seu conforto, e o empurrou a uma posição reacionária e a um isolamento internacional", disse.
G1