O Samu conta hoje com 64 condutores em Cuiabá e Várzea Grande. O presidente do sindicato que representa a categoria, o (Sindiscove-MT), Carlos Gabriel Almeida Rosa, alega que as retaliações à esses profissionais tiveram início após a criação do sindicato, em 2010.
“Desde o início nós convivemos com essa prática, que se acentuou no último ano, quando o Sindicato ganhou força e conseguiu uma Medida Provisória que regulamenta a profissão”, alega o presidente do Sindiscove, que recentemente foi exonerado do quadro de funcionários do Samu.
Ainda segundo Carlos Rosa, outros dois funcionários ligados ao sindicato acabrama sendo demitidos este ano. “Um dos casos, por exemplo, nos foi informado que a demissão atendia um pedido político, para que um novo funcionário, indicado, fosse colocado na função”, afirma o sindicalista.
O presidente do Sindicato também alega que existe um alto percentual de indicações políticas no quadro de servidores do Samu.
Precariedade
Além das perseguições, Carlos Rosa assegura que existem problemas como a precariedade do prédio e das ambulâncias do Samu, bem como a falta de utensílios básicos de trabalho, como gaze e soro fisiológico, por exemplo.
“Até mesmo itens de limpeza para fazer a higienização das ambulâncias está faltando. Funcionários tiram dinheiro do bolso pra comprar sabão em pó, por exemplo. A gente procura a diretoria e a alegação é sempre a mesma: vamos providenciar, vamos lictar, não é assim que funcionam. E é desse jeito que as coisas vão indo”, desabafa Carlos.
O sindicalista ainda completa dizendo que o “protesto é para que a população que está do lado de fora possa ver a precariedade da estrutura”, finalizou.
O ato acontece a partir das 9h, em frente ao prédio do Samu de Cuiabá (Rua Oriente Tenuta, antigo Hospital São Tomé).
Outro Lado
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), que por meio de sua assessoria de imprensa, alegou que todas as denúncias referentes a possíveis problemas no Samu estão sendo analisadas ponto-a-ponto. De pronto, a SES diz que não existe qualquer tipo de perseguição no serviço.
Ainda de acordo com a assessoria, já na primeira quinzena deste mês, a parte administrativa do Samu será transferida para a nova Central Única de Regulação, instalada no antigo prédio do Hospital Modelo, que foi todo reformado para receber a nova estrutura.
No que diz respeito às ambulâncias, a SES assegura que antes da Copa, a região metropolitana de Cuiabá irá receber do Ministério da Saúde nove novos veículos. “Temos veículos novos e temos alguns que são mais antigos. Esses carros mais velhos, no entanto, passam por manutenção constantemente, de modo que não apresentam qualquer risco aos pacientes”, alega a assessoria.
Por fim, a assessoria alega desconhecer a falta de materiais de trabalho, mas reitera que todas as denúncias encaminhadas à SES estão sendo investigadas.