Na semana passada, Renan Calheiros abriu caminho para a instalação de duas CPIs: uma restrita ao Senado e outra mista. Mas ele deixou nas mãos dos líderes a definição final sobre qual das duas comissões será efetivamente instalada.Para a reunião, o presidente também pediu aos líderes que entreguem os nomes dos integrantes da comissão. Caso a CPI seja instalada somente no Senado, terá 13 membros. Se for mista, 13 deputados e 13 senadores. Nos dois casos, PT e PMDB ocuparão as principais posições na comissão porque possuem as maiores bancadas.
Apesar de o pedido de Calheiros representar um sinal verde, a comissão só será de fato instalada quando ocorrer a primeira sessão.O PT ameaça não indicar seus integrantes caso a decisão seja pela instalação da CPI mista. Senadores aliados ao governo entendem que uma CPI apenas no Senado poderá trazer menos desgaste ao Planalto. Por isso vão tentar protelar o trabalho da comissão mista.Já a oposição quer privilegiar a CPI que envolva Câmara e Senado para dar maior visibilidade às investigações.
Na última quarta-feira (30), o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), disse que só vai aceitar tratar de CPI mista na próxima sessão do Congresso Nacional, marcada para 20 de maio.Nessa ocasião, o PT pretende apresentar requerimento de criação de outra CPMI, destinada a investigar denúncias de corrupção nos governos de São Paulo e de Pernambuco, estados comandados por adversários da presidente Dilma Rousseff.
Na hipótese de líderes não entregarem as indicações, Calheiros declarou que poderá ele mesmo escolher os nomes, direito que o regimento assegura ao presidente.Para o líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP), a instalação de uma comissão com deputados e senadores é inexorável.Já até retirei as indicações para a CPI do Senado, e agora vamos pensar nos nomes para a CPI mista, afirmou o tucano na semana passada.
G1