Nacional

Alckmin descarta racionamento de água em São Paulo em 2014

 
Sem chover nada há nove dias, o volume acumulado no Sistema Cantareira caiu a 10,1% neste domingo (4). Também não há previsão de chuvas para os próximos dias.
 
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realiza obras emergenciais desde o dia 17 de março para retirar água do fundo dos reservatórios do Sistema. Segundo a companhia, o "volume morto" poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses e deve começar a ser usado entre julho e agosto.
 
A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas.
 
Segundo um cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, e publicado pelo G1 em 19 de março, a água do Cantareira deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um "respiro" até fevereiro de 2015.
 
Conta mais cara
 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou em 22 de abril que os moradores da região metropolitana abastecidos pelo Sistema Cantareira terão acréscimo na conta caso aumentem o cosumo de água.
De acordo com Alckmin, o consumidor que gastar acima da média no próximo mês pagará conta 30% mais cara em junho. Já os consumidores de 31 cidades atendidas pela Sabesp que conseguirem economizar 20% receberão desconto de 30%.
 
Quando questionado nesta terça-feira (29) sobre a previsão para a utilização do volume morto do Sistema Cantareira, o governador afirmou que haverá uma reunião de secretários de várias pastas para a avaliação da eficácia da extensão do bônus pela economia de água para 31 cidades atendidas pela Sabesp.
 
“Vai ter uma reunião de avaliação para ver o resultado. Acho que todas [as cidades] vão ajudar [a poupar água]”, afirmou.
 
Alckmin voltou a explicar que a economia de água em cidades abastecidas por outros sistemas podem contribuir para garantir o abastecimento de bairros originalmente abastecidos pelo Cantareira. De acordo com Alckmin, os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga aliviaram a situação do Cantareira. A partir de setembro, o Riacho Grande também deverá atuar no mesmo sentido. 
 
“Temos uma reserva técnica [volume morto] de 400 milhões de metros cúbicos. Nós pretendemos retirar, se necessário, 190 milhões. As obras estão praticamente concluídas”, afirmou. Ele não afirmou qual será a data em que começam a operar. “Provavelmente em maio”, afirmou.
 
G1

Redação

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